O Google Gemini não poderá responder às suas perguntas sobre eleições. A empresa vai limitar algumas interações do chatbot com inteligência artificial (IA) relacionadas ao período eleitoral em todos os países com votações iminentes.
As restrições de respostas do chatbot já entraram em vigor, informou o Google. A medida deve interferir em conversas de usuários dos Estados Unidos, cujas eleições estão marcadas para novembro deste ano.
“Dada a extrema cautela sobre um tópico tão importante, começamos a implementar restrições sobre os tipos de perguntas relacionadas às eleições para as quais o Gemini retornará respostas. Assumimos com seriedade a nossa responsabilidade de fornecer informações de alta qualidade para esses tipos de consultas e trabalhamos continuamente para melhorar nossas proteções”, explicou o Google.
Quando o usuário pergunta algo relacionado ao período eleitoral, seja sobre os candidatos, os políticos ou os partidos, o Gemini diz que “ainda está aprendendo a responder à questão” e sugere o uso do buscador para buscar mais informações. O chatbot ainda pode ser induzido a falar sobre o assunto, mas vai barrar qualquer interação óbvia acerca do tema.
O Google Gemini já mostra a nova mensagem indicando o Buscador como melhor alternativa.
Preocupação do Google com informações sobre as eleições
Ainda que o Gemini não seja pensado como um buscador, o público pode utilizá-lo para conferir informações de forma rápida e sucinta — e o Google aparentemente sabe disso. Ao restringir as respostas relacionadas às eleições, a companhia evita que o chatbot seja utilizado como ferramenta eleitoral.
De certa forma, a empresa também se esquiva de possíveis equívocos do chatbot neste delicado tema. Em fevereiro, o Google decidiu suspender a geração de imagens por descrição em texto no Gemini dada às “imprecisões em algumas representações históricas”, comprovando que o assistente com IA continua sujeita a erros.
Por enquanto, não está claro se o Gemini voltará a falar sobre eleições de forma mais direta após o período eleitoral. Fato é, porém, que ele ainda responde sobre essas questões em regiões que não terão eleições nos próximos meses.
Do TecMundo