Google é processado por Justiça dos EUA por monopolizar publicidade online

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e de outros oito estados norte-americanos estão processando o Google sob acusação de monopólio da empresa no mercado de publicidade digital. Segundo o órgão, a companhia está abusando do seu poder, sem deixar espaço para outras ferramentas de publicidade.

O processo aponta que o Google realizou diversas aquisições que ajudaram a eliminar ou neutralizar os seus concorrentes de publicidade online. A empresa já ganhou bilhões na área: no trimestre que encerrou em setembro de 2022, o Google havia gerado cerca de US$ 54,5 bilhões (cerca de R$ 280 bilhões na cotação).

“O comportamento anticompetitivo do Google elevou as barreiras de entrada a níveis artificialmente altos, forçou os principais concorrentes a abandonar o mercado de ferramentas de tecnologia de anúncios, dissuadiu concorrentes em potencial de ingressar no mercado e deixou os poucos concorrentes remanescentes do Google marginalizados e injustamente em desvantagem”, foi divulgado no processo oficial.

Google em maus lençóis

No último ano, sabendo que seria processada por comportamento antitruste em sua divisão de publicidade, o Google tentou convencer o governo que iria separar a área de anúncios do setor de publicidade da empresa. Contudo, a divisão continuaria sendo administrada pela Alphabet.

Em 2020, a companhia já havia sido processada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, contudo, por conta do seu comportamento anticompetitivo no setor de ferramentas de busca. Nesse caso, eles afirmam que a culpa do efeito antitruste é, principalmente, por conta do sistema operacional Android, já que ele está disponível na maioria dos smartphones ao redor do mundo.

Em 2022, diversos políticos norte-americanos se reuniram para apresentar a Lei de Concorrência e Transparência na Publicidade Digital, que limitaria as empresas de publicidade em no máximo US$ 20 bilhões por ano. Caso aprovada, o Google precisaria se separar dos seus negócios de publicidade — outras empresas de publicidade precisariam fazer o mesmo, como a Meta. Do g1.