George Santos, deputado filho de brasileiro, usou candidatura nos EUA para lucrar, conclui comitê

O deputado dos EUA George Santos, filho de brasileiros, “não é confiável” e usou a candidatura à Câmara dos EUA para lucrar, concluiu um relatório do Comitê de Ética da Câmara dos EUA, divulgado nesta quinta-feira (16).

O relatório, já entregue à Justiça dos EUA, ainda acusa “evidências contundentes” de violação da lei federal por Santos, com fraude, roubo de cartão de crédito e mentira à FEC (Comissão Federal de Eleição, traduzido do inglês).

Ele nega as acusações, mas, após a divulgação do relatório, anunciou que não concorrerá à eleição no cargo.

Problemas na Justiça

George Santos inventou diversas histórias durante a sua campanha eleitoral, em 2020. No fim do mês passado, ele foi formalmente acusado na Justiça de 23 crimes, chegou a ser preso e teve que pagar fiança para responder em liberdade aos processos.

Entre essas acusações, estão as seguintes:

  • Lavagem de dinheiro para usar verba da campanha em gastos pessoais;
  • Ter recebido ilegalmente dinheiro de seguro-desemprego;
  • Ter cobrado dinheiro do cartão de crédito de doadores de campanha sem o consentimento deles.

Santos, representante do estado de Nova York, também é acusado de relatar falsamente à Comissão Eleitoral Federal dos EUA que havia investido US$ 500 mil à sua campanha, quando na verdade não havia dado nada e tinha menos de US$ 8 mil no banco.

O empréstimo falso foi uma tentativa de convencer os responsáveis ​​do Partido Republicano de que ele era um candidato sério, que merecia o seu apoio financeiro, diz a acusação.

O que acontece agora

Santos sobreviveu a uma votação no início deste mês para expulsá-lo da Câmara, mas a maioria dos deputados optaram por suspender a punição, enquanto aguardavam o fim da investigação do Comitê de Ética e julgamento criminal na Justiça.

O novo relatório do Comitê de Ética da Câmara, divulgado nesta quinta-feira (16), deve levar os outros deputados a votarem de novo e, agora, aprovarem a expulsão de George Santos. Do g1.