Farra das Diárias: vereadores presos na ‘Natal Luz’ são candidatos à reeleição

Parlamentares de Santa Rita foram detidos durante retorno de uma viagem para Gramado, no Rio Grande Sul; investigação sobre o caso ainda está em curso

Todos os vereadores de Santa Rita que foram presos durante a Operação Natal Luz, que investigou a possível apropriação indevida de recursos públicos para participação em cursos e eventos de fachada, são candidatos à reeleição no município.

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Anésio Miranda, Bruno de Cicinha, Ivonete Barros, Cícero Medeiros, Rosa do Vaqueiro, Galego do Boa Vista, Queiroga, Diocélio Ribeiro, João Evangelista, Marcos Farias e Sérgio Confecções são postulantes, mais uma vez, a uma vaga na Câmara de Vereadores.

A investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) sobre o caso ainda está em curso.

Relembre o caso

Onze vereadores de Santa Rita foram presos em flagrante na madrugada desta terça-feira (5), na BR-101, enquanto voltavam de uma viagem a Gramado, no Rio Grande do Sul. Eles seguiam de Recife, onde desceram em um voo, para o município da Grande João Pessoa. Os parlamentares são suspeitos do crime de peculato, e os crimes são cometidos através do uso de diárias pagas pela Câmara Municipal. O contador da Casa Legislativa também foi preso. Somente em 2019, a Câmara Municipal já desembolsou mais de R$ 507.723 mil em concessão de diárias.

Foram presos: o presidente da Câmara, Anésio Miranda e os vereadores Brunno Filho de Cicinha, Cícero Medeiros, Sérgio Confecções, Francisco Queiroga, Rosa do Vaqueiro, João Grandão, Marcos Farias, Galego do Boa Vista, Diocélio de Várzea Nova e Ivonete, além do contador da Câmara, Fábio Cosme.

As prisões começaram a acontecer por volta das 3h15, quando Ivonete e Rosa do Vaqueiro foram detidas. Cerca de 15 minutos depois, às 3h30, foi a vez de Cícero e Sérgio Confecções. Menos de 10 minutos depois, Marcos Farias, Brunno e Fábio Cosme foram presos. Somente por volta das 4h30, Diocélio, Galego do Boa Vista e João Grandão foram detidos – o trio tentou fugir.

A ação foi integrada, contando com a participação das Polícias Civis do Rio Grande do Sul, Sergipe, além do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A Polícia Rodoviária Federal deu apoio logístico a operação, realizando a abordagem dos veículos, em um ponto na região de Mata Redonda, em Alhandra.