Escritor Marcus Alves lança ‘O Menino e a Sineta e outros contos’

O Menino e a Sineta e outros contos‘ é o nome do mais novo livro do escritor, jornalista e sociólogo Marcus Alves, que será lançado na quarta-feira (3), às 18h30, na Livraria do Luiz, 3º piso do Mag Shopping, em Manaíra. Impresso pela Ideia Editora, a publicação conta com o apoio da Confraria Sol das Letras e tem apresentação do jornalista e escritor José Nunes.

O livro traz uma série de contos nos quais Marcus Alves vem trabalhando há algum tempo. Suas páginas trazem belas e criativas ilustrações do artista plástico Mirabeau Menezes.

Com exceção de um conto que foi publicado alguns anos atrás no Correio das Artes, na forma de uma carta que um personagem escreve a Sherlock Holmes, nos anos 1950, e que foi incluído na coletânea, todos os demais são inéditos.

“São contos do dia a dia, coisas inusitadas que nós vamos colecionando ou coisas imaginadas, ambientadas no cotidiano”, observa Marcus Alves. “Eu fiquei muito feliz com o resultado final desse livro. A princípio era sem grandes pretensões, mas quando reuni os contos, vi que tinha uma linha que une todos eles que uma linguagem marcada por essa presença do cotidiano urbano, sobretudo, na vida das pessoas”, acrescenta.

“O poeta Marcus Alves, que pela primeira vez enveredou pelo conto, fez o caminho mais curto e natural dos mestres deste gênero literário, porque escreveu suas histórias de modo simples, sem muito floreio. A leitura dos contos que compõem este livro, que ousadamente prefaciei, é prazerosa, flui como a correnteza de um riacho de água cristalina e saborosa como no meu Brejo e no Vale do Paraíba, onde estão suas raízes familiares”, declara o jornalista e escritor José Nunes, que integra a Academia Paraibana de Letras (APL) e o Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba (IHGP).

Ele comenta que são histórias simples, retiradas do cotidiano das pessoas. “Tão reais que imaginamos se o roteiro não teria acontecido com alguém próximos a nós”. José Nunes analisa que Marcus Alves pegou acontecimentos, um fato corriqueiro, desses que presenciamos ou ouvimos dizer, e o transformou em texto de bom gosto.
O jornalista observa que o autor trabalha a palavra como quem lapida uma peça de madeira ou um barro para transformar em artesanato. “Isso porque, como poeta, sabe capinar as palavras para expressar emoções e o lenitivo que abastece a alma. Na poesia e no conto consegue fazer isso”, afirma.

Para José Nunes, a Paraíba sempre foi pródiga de contistas. No passado, eram muitos e tidos em elevado destaque. Portanto, entende ser necessário que novas safras de contistas apareçam, cheguem com seus recados, suas histórias reais ou inventadas.

Inventadas, conforme explica, porque o cronista é feito do mesmo barro do poeta que tudo transforma em poesia, mesmo que fingidor, como se revela Fernando Pessoa, que também produziu contos. “Marcus apareceu para colocar um marco na história do conto paraibano. Escrever conto não é fácil, como dizia o escritor Júlio Cortázar, mestre no gênero, porque o conto deve girar como uma esfera em que a história se desenvolve até o desfecho. E Marcus consegue isso”, conclui.