Empresas de transporte coletivo de JP irão parcelar salários de funcionários

Parcelamento na folha de pagamento dos colaboradores será feito da seguinte forma: 50% para este dia 8 e os outros 50% para o próximo dia 15

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) anunciou, nesta quinta-feira (8), que os salários dos funcionários serão parcelados, ”devido à grave crise financeira”. O parcelamento na folha de pagamento dos colaboradores será feito da seguinte forma: 50% para este dia 8 e os outros 50% para o próximo dia 15.

De acordo com a Sintur, “as empresas que operam o transporte coletivo em João Pessoa encontram-se em grave crise financeira, tendo que manter todos os insumos da operação com um número cada vez menor de passageiros.”

O texto também destaca que a tarifa paga pelos passageiros de ônibus é a única fonte de renda do setor.

“Chegamos ao limite. Há anos o transporte coletivo vive uma considerável crise e os efeitos da pandemia da Covid-19 acentuou-a de forma insustentável, ao ponto de termos de parcelar até mesmo a folha de pagamento de funcionários, o que jamais havia ocorrido antes”, desabafou o diretor institucional do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP), Isaac Júnior Moreira.

O diretor institucional do Sintur-JP pede medidas urgentes para o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro das empresas. “É preciso um enfrentamento urgente, adoção de medidas excepcionais para um momento excepcional como o que estamos vivendo atualmente. Há exemplos em várias cidades do país onde os governos municipais estão se responsabilizando pelo pagamento de gratuidades e descontos, medida que alivia o bolso do passageiro pagante. Há outros municípios que já isentaram a tarifa de ônibus do pagamento dos 5% do ISS e estados que também fizeram isenções, mesmo que apenas pelo período de calamidade pública provocada pela pandemia. Há ainda municípios que estão concedendo subsídios diretamente no valor da tarifa para que o valor efetivamente pago pelo passageiro seja reduzido”, finalizou Isaac Moreira.