Eleições 2020: candidatos apoiados por Bolsonaro na PB fracassam nas urnas

Traço é parecido com o ocorrido no restante do país, onde o pedido de voto direto do presidente foi sinônimo, na maioria dos casos, de derrota

Finalizada a apuração, no último domingo (15), o deputado Wallber Virgolino (Patriota) lamentou a falta do apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A conta dele é que poderia ter tido melhor sorte na disputa pela prefeitura de João Pessoa. A crença do parlamentar, no entanto, não foi demonstrada pelas urnas apuradas em João Pessoa e Campina Grande.

Os cinco candidatos paraibanos que conseguiram o apoio do presidente, manifestado nas lives, naufragaram nas urnas. Nenhum deles chegou nem perto de ser eleito nas duas cidades. É um traço parecido com o ocorrido no restante do país, onde o pedido de voto direto do presidente foi sinônimo, na maioria dos casos, de derrota.

Em João Pessoa, houve pedido direto de votos para Michelle Assis (Patriotas), Coronel Kelson (Patriota) e Alisson Novais (Patriota). Eles conseguiram nas urnas, respectivamente, 1.315, 1.762 e 633. Resultado, nenhum eleito. De Campina Grande, houve pedido de votos para Nayane Pontes (DEM) e Márcio Saraiva (DEM), que conseguiram 495 e 491 votos, respectivamente.

Eles integraram a lista dos 59 nomes para os quais o presidente pediu voto diretamente. Deles, praticamente todos fracassaram nas urnas. Das principais cidades, Celso Russomano (Republicano) ficou em quarto lugar, mesma posição da Delegada Patrícia (Podemos), no Recife. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), foi para o segundo turno com uma desvantagem humilhante.

Em João Pessoa, Wallber Virgolino fez uma campanha na qual vinculou o nome dele ao do presidente. Buscou, com isso, atrair para si o voto conservador. O resultado disso foi uma votação expressiva, mas não o suficiente para levá-lo ao segundo turno. Ele conquistou 50.801 votos. Outro que tentou o apoio foi Raoni Mendes (DEM), que amargou uma derrota acachapante, conseguindo apenas 4% dos votos.

Do Blog do Suetoni Souto Maior