Documento aponta que agressões de médico contra ex-mulher teriam acontecido de 2020 a 2023

O médico João Paulo Souto Casado é acusado de agredir sua ex-mulher várias vezes entre 2020 e 2023, conforme consta na decisão judicial que rejeitou o pedido de prisão dele, divulgada nesta quinta-feira (14). A juíza Shirley Abrantes Moreira Régis entendeu que não era necessário prender preventivamente o suspeito, pois não havia fatos novos que fundamentassem o pedido.

Na terça-feira (13), João Paulo compareceu à Deam Norte, prestou depoimento e foi liberado logo depois. Seu advogado afirma que ele nunca fugiu e que sua atitude evitaria um pedido de prisão preventiva. De acordo com o defensor, ele continua respeitando a medida protetiva.

Segundo a decisão, a vítima relatou que a primeira agressão ocorreu em 2020, mas não lembrou o mês exato. Outras duas agressões aconteceram em 2022, uma em abril e outra em setembro. Essas duas agressões foram registradas em vídeos das câmeras de segurança do edifício onde eles moravam, que foram divulgados no domingo (10). A decisão também menciona que a última agressão teria sido em janeiro de 2023.

A juíza seguiu o parecer do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que avaliou a falta de atualidade dos fatos e sugeriu uma medida cautelar. A magistrada considerou que os fatos ocorreram em janeiro de 2023 e que não existiam fatos novos que justificassem a prisão preventiva, uma vez que já havia uma medida protetiva em vigor que impedia o acusado de se aproximar da vítima, mantendo uma distância mínima de 500 metros, e que não havia nenhum elemento novo que indicasse um risco para a vítima por causa da liberdade do acusado.

A juíza baseou a decisão na conveniência da instrução criminal, e afirmou que além de não haver fatos recentes que motivassem a prisão, também não havia evidências de que o médico “tentaria intimidar ou corromper testemunhas, destruir provas materiais ou atrapalhar as investigações criminais e o andamento do processo”, diz o texto da decisão.