O deputado Evandro Leitão (PDT), presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), está envolvido em uma disputa judicial depois de perder mais de R$ 100 mil contra a Braiscompany. Leitão acionou a Justiça para tentar reaver os recursos que aplicou em um negócio fraudulento de moedas digitais.
Segundo o Estadão, o deputado relatou em uma ação judicial que, em dezembro de 2021, fez um investimento de R$ 100.193,39 em criptomoedas por meio da Braiscompany, uma empresa que administrava criptoativos. Os ativos ficaram sob a guarda da empresa e tinham um prazo de carência de um ano, no qual a empresa se comprometia a investir os criptoativos e garantir lucros de 6% a 8% ao mês sobre o valor investido – uma rentabilidade muito acima da média do mercado.
A Braiscompany parou de pagar os clientes em fevereiro deste ano, quando passou a ser alvo de uma investigação do Ministério Público do Ceará. Além de pedir a devolução dos valores investidos nas criptomoedas, o deputado também solicitou uma indenização por danos morais no valor de R$ 40 mil. O processo foi registrado em 6 de junho.
Em dezembro de 2022, a Braiscompany começou a atrasar os pagamentos e, em fevereiro deste ano, interrompeu totalmente os repasses. O Ministério Público do Ceará abriu uma investigação sobre a empresa, desmascarando o esquema de pirâmide. Os proprietários da empresa, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão desaparecidos desde então. O Ministério Público estima que eles tenham desviado cerca de R$ 600 milhões de mais de 10 mil vítimas.