Deltacron: o que se sabe sobre variante que combina Ômicron e Delta

Cientistas da IHU Mediterranee Infection de Marselha, na França, divulgaram um estudo com novas evidências sobre o surgimento da variante Deltacron, uma versão híbrida do coronavírus que combina genes das variantes Delta e Ômicron.

Em artigo publicado na plataforma medRxiv na quinta-feira (8/3), os pesquisadores detalham três casos de pacientes do Sul da França que teriam apresentado a Deltacron. Análises feitas em laboratório mostram que o vírus combina o corpo da variante Delta com o gene da proteína spike da variante Ômicron, responsável por fazer a ligação com as células humanas.

“A análise estrutural do pico recombinante sugeriu que seu conteúdo híbrido poderia otimizar a ligação viral à membrana da célula hospedeira (de humanos). Esses achados levam a mais estudos sobre as características virológicas, epidemiológicas e clínicas deste recombinante”, escreveram os autores.

“Durante a pandemia de Sars-CoV-2, duas ou mais variantes co-circularam durante os mesmos períodos de tempo e nas mesmas áreas geográficas. Isso criou oportunidades de recombinação entre essas duas variantes”, explicou Colson.

Outro casos já foram notificados

Outros 12 casos foram notificados por equipes de pesquisa na Europa, incluindo Holanda e Dinamarca, desde janeiro e mais dois estão sendo investigados nos Estados Unidos.

Uma versão recombinante surge quando uma pessoa é infectada com duas variantes ao mesmo tempo e as células se replicam juntas, formando uma nova versão viral.

Do Metrópoles