O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, está com 171 pacientes internados com diagnóstico ou suspeita de Covid-19. É o maior volume de internações deste o começo da pandemia. Dos 171, 48 estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A taxa de ocupação dos leitos para covid-19 está em 97% – mesmo percentual da ocupação geral (todas em enfermidades) da unidade do Sírio-Libanês em São Paulo. Neste começo de semana, o hospital abriu 24 novos leitos para pacientes com o novo coronavírus, mas ainda assim está perto da lotação máxima.
A unidade tem 22 pessoas aguardando por uma vaga das 50 vagas de UTI, a maior espera desde o início da pandemia.
Em Brasília, a taxa de internações gerais disparou de 72% na quarta-feira para 80% nesta sexta.
O médico Felipe Duarte Silva, gerente de práticas médicas do Hospital Sírio-Libanês, disse que, apesar desses percentuais elevados, ainda não há fila de espera para internação em leitos para covid-19.
“Os casos graves são internados imediatamente. Pode haver alguma espera no pronto-atendimento [PA] para giro dos leitos e se for preciso, nesse intervalo, o paciente já é intubado no PA”, afirmou.
Ele explicou ainda que existe uma fila para transferências de pacientes de outros hospitais e cidades para o Sírio-Libanês, mas não soube precisar o tamanho da fila.
Silva destacou que o quadro atual é reflexo das aglomerações do Carnaval e que os hospitais do país todo vão enfrentar problemas de super lotação.
Questionado sobre os procedimentos eletivos, o médico informou que o hospital está fazendo um gerenciamento dos agendamentos e recomendando que casos urgentes sejam adiados. “Mas se surgir um caso de apendicite, vamos atender com certeza.”