Chacina no DF: polícia encontra bilhete que atraiu família de cabeleireira para cativeiro

A Polícia Civil do Distrito Federal disse, nesta segunda-feira (23), que encontrou um bilhete escrito a mão chamando a cabelereira Elizamar da Silva, o marido dela, Thiago Gabriel Belchior, e os filhos do casal para a chácara do pai de Thiago. Este foi o local onde aconteceu a chacina com Elizamar e os filhos foram vistos pela última vez, no dia 12 de janeiro passado.

O bilhete foi dirigido ao marido da cabeleireira. A mensagem se refere a Thiago como “chefe” e chama Elizamar de “Lize”. Além disso, quem escreveu o bilhete diz que vai precisar de “ajuda urgente” e pede que o casal vá para a chácara com “os meninos”, referindo-se aos filhos do casal.

Segundo o delegado da 6ª Delegacia de Polícia, do Paranoá, Ricardo Viana, os investigadores ainda não sabem quem escreveu o bilhete e nem como Thiago teve acesso à mensagem.

Entretanto, o bilhete contraria a primeira linha de investigação da Polícia Civil do DF que, a partir do depoimento de um dos suspeitos, disse que a chacina teria sido cometida por Thiago e pelo pai dele.

O papel foi encontrado no cativeiro onde parte das vítimas foi mantida, em Planaltina – mesmo local onde estava o corpo esquartejado do pai de Thiago e sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira.

Ao todo, 10 pessoas da mesma família desapareceram. Até esta segunda-feira, sete corpos foram encontrados e cinco oficialmente identificados: o de Elizamar, dos três filhos pequenos dela com Thiago e o corpo do sogro da cabeleireira, Marcos Antônio.

Três suspeitos estão presos e um quarto é procurado pela polícia. Três pessoas continuam desaparecidas.

Caderno de anotações também estava no cativeiro

O bilhete foi dirigido ao marido da cabeleireira. A mensagem se refere a Thiago como “chefe” e chama Elizamar de “Lize”. Além disso, quem escreveu o bilhete diz que vai precisar de “ajuda urgente” e pede que o casal vá para a chácara com “os meninos”, referindo-se aos filhos do casal.

Segundo o delegado da 6ª Delegacia de Polícia, do Paranoá, Ricardo Viana, os investigadores ainda não sabem quem escreveu o bilhete e nem como Thiago teve acesso à mensagem.

Entretanto, o bilhete contraria a primeira linha de investigação da Polícia Civil do DF que, a partir do depoimento de um dos suspeitos, disse que a chacina teria sido cometida por Thiago e pelo pai dele.

O papel foi encontrado no cativeiro onde parte das vítimas foi mantida, em Planaltina – mesmo local onde estava o corpo esquartejado do pai de Thiago e sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira.

Ao todo, 10 pessoas da mesma família desapareceram. Até esta segunda-feira, sete corpos foram encontrados e cinco oficialmente identificados: o de Elizamar, dos três filhos pequenos dela com Thiago e o corpo do sogro da cabeleireira, Marcos Antônio.

Três suspeitos estão presos e um quarto é procurado pela polícia. Três pessoas continuam desaparecidas.

No cativeiro, os policiais também encontraram um caderno com dados bancários das vítimas desaparecidas, incluindo senhas bancárias. Os policiais investigam quem fez as anotações.

Segundo a Polícia Civil do DF, no local ainda foram apreendidos documentos.

O crime

A cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, e os três filhos pequenos sumiram no dia 12 de janeiro. No dia seguinte, o veículo dela foi encontrado com os quatro corpos queimados dentro, perto de Cristalina (GO), no Entorno do DF.

O sogro da cabeleireira, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, também estava sumido. O corpo dele foi encontrado enterrado e esquartejado perto da casa usada como cativeiro, em Planaltina.

No fim de semana do desaparecimento da cabeleireira, a polícia encontrou o carro de Marcos Antônio na região de Unaí (MG), divisa com o DF. Dentro, havia mais dois corpos que ainda não foram identificados, mas que a polícia suspeita que sejam da sogra e da cunhada de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, e Gabriela Belchior, de 25 anos.

Outras duas pessoas estão desaparecidas: a ex-mulher do sogro da cabelereira, Cláudia Regina Marques de Oliveira, e a filha de Cláudia e Marcos Antônio, Ana Beatriz Marques de Oliveira.

Arte atualizada: Gráfico sobre caso de 10 pessoas da mesma família desaparecidas no DF — Foto: Editoria de Arte/g1

Arte atualizada: Gráfico sobre caso de 10 pessoas da mesma família desaparecidas no DF — Foto: Editoria de Arte/g1

Os presos

Na terça-feira (17), a Polícia Civil do DF prendeu dois suspeitos por envolvimento no desaparecimento da família. Pela manhã, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, foi preso no Recanto das Emas e levado para a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, responsável pela investigação.

O delegado Ricardo Viana disse que o suspeito tinha as mãos queimadas e trabalhava com Marcos Antônio, sogro de Elizamar. À tarde, Horácio Carlos Ferreira Barbosa foi preso por suspeita de participar do sumiço da família.

Ele confessou o crime à polícia e disse que foi encomendado pelo marido e pelo sogro da cabeleireira. Na noite de terça-feira (17), um terceiro suspeito, identificado como Fabrício Silva Canhedo, foi preso.

No entanto, após a localização do sétimo corpo, a polícia afirmou que a tese de que pai e filho encomendaram o crime “perdeu a força”. Segundo o delegado Ricardo Viana, há indícios de que todos os desaparecidos estejam mortos.

Os investigadores suspeitam que o crime tenha sido motivado por dinheiro, já que as vítimas tinham recebido valores recentemente. Já os suspeitos moravam no mesmo lote que o sogro de Elizamar e sabiam da movimentação financeira da família.

Um quarto preso está sendo procurado: Carlomam dos Santos Nogueira. No fim de semana, a polícia divulgou fotos do homem que, de acordo com a investigação, conhecia a família e, pelo menos, um dos suspeitos presos.

Em 2018, Carlomam Santos Nogueira foi investigado em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal contra presos em Brasília que se filiaram e tornaram-se membros de uma facção criminosa que age dentro e fora das penitenciárias do país. DOog1.