Caso Patrícia Roberta: MPPB quer que Jonathan Henrique vá a júri popular

Em suas alegações finais, o promotor Leonardo Pereira de Assis, que está responsável pelo caso, disse que existem vários agravantes

O Ministério Público da Paraíba e a assistência de acusação oficializaram no início desta semana o pedido para que Jonathan Henrique Conceição dos Santos vá a juri popular e seja julgado pelo assassinato da jovem Patrícia Roberta. O crime aconteceu no dia 25 de abril e o corpo da jovem só foi encontrado no dia 27. E, para a acusação, não há dúvidas de que Jonathan é o autor do crime de feminicídio.

Em suas alegações finais, o promotor Leonardo Pereira de Assis, que está responsável pelo caso, disse que existem vários agravantes. O homem matou uma mulher com quem mantinha relação intima de afeto (o que tipifica o feminicídio), por meio cruel e sem possibilidade de defesa. Tendo, por fim, ocultado o cadáver.

Ainda de acordo com ele, existem “indícios suficientes de autoria”. Em suas alegações, a propósito, são elencados 11 testemunhas que sustentariam todas as argumentações da Promotoria. A isso, somado os laudos que mostram, por exemplo, tecidos do agressor nas unhas da vítima.

Sobre a tentativa de ocultação do crime, o promotor diz que existe “importante prova documental sobre a forma fria como Jonathan buscou se livrar de indícios” do crime. E também, por parte do acusado, “desprezo da condição de mulher da vítima”.

Na mesma linha, o advogado Robério Silva Capistrano, contratado pela família de Patrícia Roberta como assistente da acusação, declarou em suas próprias alegações finais que a materialidade do crime “é incontestável”, que não há nenhuma dúvida na autoria do crime.

O advogado criminalista Raphael Corlett Da Ponte Garziera, responsável pela defesa de Jonathan, disse, em entrevista ao g1, que só na sexta-feira (8) deve se pronunciar sobre o que diz a acusação. Além disso, argumentou que só nesta quarta-feira (6) começou a trabalhar em sua manifestação e não tem ainda como antecipar qual será a sua linha de defesa.

Depois que ele enviar sua manifestação, caberá à juíza do caso, Francilucy Rejane de Sousa Mota, analisar as alegações de ambas as partes e enfim finalizar a decisão de pronúncia, que vai definir se o acusado vai mesmo ou não a júri popular.

Do g1