Caso Júlia: padrasto confessa que estuprou a adolescente antes de matá-la

Em novo depoimento, Francisco Lopes contou ao delegado Hector Azevedo que há quatro meses vinha abusando sexualmente da vítima que tinha apenas 12 anos

O delegado Hector Azevedo informou que o padrasto da adolescente Júlia dos Anjos Brandão, de 12 anos, Francisco Lopes, confessou que vinha estuprando a menina há quatro meses. Em novo depoimento à Polícia Civil paraibana, o suspeito confirmou que chegou a abusar sexualmente da vítima no dia do crime, antes de matá-la.

O corpo de Júlia foi encontrado e retirado de dentro de uma cacimba, localizada no bairro de Gramame, em João Pessoa, na tarde do dia 12 de abril. De acordo com o delegado Rodolfo Santa Cruz, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Francisco Lopes foi ouvido pelo delegado Hector Azevedo, que disse que, após a confissão, ele indicou onde estaria o corpo da menina.

Inicialmente, Francisco Lopes negou à Polícia Civil ter abusado de Júlia. Fontes ouvidas pela TV Cabo Branco, no entanto, relataram que ele teria confirmado os abusos durante audiência de custódia realizada na quarta-feira (13).

+ Corpo da menina Júlia dos Anjos é liberado e será sepultado em Mangabeira

Caso Júlia: corpo encontrado na Praia do Sol é da menina, confirma perícia
Júlia dos Anjos Brandão – Foto: Reprodução

Em novo depoimento, nessa terça-feira (19), Francisco Lopes confessou que abusou sexualmente de Júlia dos Anjos por quatro vezes. No dia do crime, ela foi estuprada antes de morrer. A mãe de Júlia dormia no momento e, conforme o delegado Hector Azevedo, ela não tinha conhecimento sobre os casos.

Os crimes sexuais começaram há cerca de quatro meses, conforme o relato do suspeito. Ele ainda declarou que Júlia tentou resistir aos abusos. Perguntado como começou a se aproximar da criança, Francisco Lopes disse que a menina, por ser criança, andava de pijama e toalha pela casa, e ele “criou malícia”.

Francisco também confessou o crime e disse que a matou asfixiada ainda dentro de casa e que só depois levou o corpo para o local onde ele foi abandonado. O suspeito disse ainda que a mãe da menina dormia na hora do crime. A polícia suspeita de que a mulher tenha sido dopada.

O corpo de Júlia foi liberado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) nesta quarta-feira (20) diretamente para ser sepultado no Cemitério Jardim Mangabeira.

Entenda o caso

Júlia desapareceu no dia 7 de abril, no bairro de Gramame, em João Pessoa. Inicialmente, pensou-se que ela tinha recebido mensagens de pessoas desconhecidas pela internet. Segundo a mãe de Júlia, Josélia Araújo, a garota teria saído de casa apenas com o celular.

O corpo foi encontrado pela Polícia Civil dentro de uma cacimba, que é um tipo de poço raso, no local apontado por Francisco Lopes, padrasto de Júlia, na região da Praia do Sol, após confessar que havia matado a menina asfixiada em casa. Só depois ele levou o corpo para ser abandonado num reservatório.

Segundo o sargento Cristian, do Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo Bombeiros da Paraíba, o corpo foi encontrado em estado de decomposição avançada, e o militar que resgatou o corpo teve que usar um respirador de oxigênio para não respirar o mesmo ar do local. Com informações do G1.