Maior alvo de explosões a bancos na Paraíba, o Bradesco tem sido acusado de descumprir uma lei sancionada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), em 2011, que poderia diminuir os índices de criminalidade no Estado. A lei estabelece que as máquinas de autoatendimento das instituições bancárias disponham de qualquer sistema que inviabilize o aproveitamento do dinheiro que ladrões tentem roubar.

Além disso, o Bradesco vem sendo acusado de instalar postos de atendimento em locais sem qualquer infraestrutura, colocando em risco ainda a população de várias cidades do Estado.

Nesta quinta-feira (15), em discurso feito durante a abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, o governador Ricardo Coutinho chegou a criticar a inércia dos bancos diante das explosões. “Os bancos ganham muito dinheiro e não querem investir em segurança”, lamentou o socialista.

“A Assembleia Legislativa aprovou pelo menos três leis, inclusive para restringir a instalação de caixas eletrônicos, mas os bancos descumprem alegando que esta é uma matéria de competência do Banco Central”, acrescentou Ricardo.

Novas tecnologias

Atualmente, há várias tecnologias utilizadas para dificultar a vida dos assaltantes de banco, porém, o Bradesco é acusado de não utilizar nenhuma delas, ao contrário de grande parte das instituições bancárias do País, que já adota medidas que coíbem a ação criminosa em seus postos de atendimento.

Pelo que a reportagem conseguiu apurar, entre os recursos usados para prevenir assaltos, vários bancos estão utilizando uma cortina densa de fumaça para impossibilitar a visibilidade, além de tinta antifurto quando houver violação a caixas eletrônicos. Também existe a possibilidade de abertura do malote eletrônicos somente por digitais autorizadas.