Aulas: SES diz que municípios não devem fazer medidas de maneira apressada

Conforme secretário, a Paraíba continua em alerta e a redução dos óbitos ainda não conseguiu levar a bandeira verde para todo o Estado

O secretário Executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrami comentou, em entrevista ao programa “F5”, na 89 Rádio POP, nesta sexta-feira (2), sobre a retomada das aulas presenciais na Paraíba.

De acordo com o secretário, a Paraíba continua em estado de atenção na pandemia e a diminuição no número de óbitos ainda não conseguiu levar a bandeira verde para todos os municípios do Estado.

“Temos um número inferior a vinte municípios em bandeira verde e vale lembrar que na bandeira amarela, as atividades educacionais presenciais não estão retomadas, por questões de segurança sanitária”, destacou.

Nesta sexta-feira (2), o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), autorizou o retorno das atividades em escolas de ensino médio, faculdades e universidades. Ontem (1º), Romero Rodrigues, prefeito de Campina Grande, anunciou a retomada das aulas presenciais para alunos da educação infantil da rede privada, escolas de idiomas e cursos de reforço escolar.

Daniel lembrou que, apesar da autonomia das autoridades sanitárias municipais, o processo de retomada não foi apresentado ao Estado. Por isso, conforme ele, não há clareza em relação às recomendações e planos para as autorizações das voltas às aulas.

“Fazer essas medidas de maneira açodada pode trazer reflexos que nenhum de nós deseja. Não podemos esquecer que a opinião dos pais, mães e responsáveis pelas crianças e adolescentes precisa ser ouvida”, lembrou.

Ele também explicou que o posicionamento do Estado é observar a situação da pandemia em outros países, como Espanha, França e Inglaterra e também no país, como é o caso de Manaus (AM), que têm sofrido com aumento de casos de coronavírus e lockdown, após a retomada das atividades presenciais.

“Fizemos um bom trabalho em todo o Estado. O Governo da Paraíba ofertou e conduziu o plano de contingência com o máximo nível de seriedade, acompanhamento e competência. Conseguimos fazer avanços muito importantes e não podemos retroceder. Não é medo de avançar, mas para isso, os planos precisam ser mais precisos e consistentes”, afirmou.