Argentina endurece controle de fronteiras para conter a variante Delta

Para conter o avanço da variante Delta, que teve origem na Índia, a Argentina ordenou o fechamento das fronteiras na última segunda-feira (28). Ao longo do dia, foram registradas pouco mais de 18.000 infecções e 576 mortes por coronavírus. No total, a Argentina teve 92.000 vítimas fatais da doença.

O turismo está proibido desde dezembro, mas agora o governo de Alberto Fernández decidiu controlar também a entrada de residentes que estão no exterior e até mesmo de argentinos que queiram retornar.

Até o dia 9 de julho, somente 600 pessoas por dia podem entrar no país. Segundo autoridades do governo, esse decreto tem como objetivo conter o alastramento da variante Delta, que se alastra mais facilmente.

A medida já havia sido defendida pela ministra da Saúde, Carla Vizzotti. Segundo a ministra, de cada 10 pessoas que retornam à Argentina, quatro descumprem as medidas de isolamento obrigatório.

Fernández também cancelou sua viagem a Paris na última segunda-feira (28). Ele participaria do Fórum Geração Igualdade ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.

Em carta enviada a Macron, Fernández afirmou que decidiu permanecer na Argentina devido ao aumento no número de casos nas últimas semanas.

“O agravamento da situação sanitária me obriga a acompanhar os esforços do meu povo a respeito do conjunto de medidas estabelecidas, na esperança de uma rápida melhoria da situação atual”, afirmou o presidente argentino.

De acordo com a International Air Transport Association (IATA, na sigla em inglês), o novo decreto provocará uma redução de 70% no número de passageiros internacionais.

Também terá como consequência a retenção de argentinos no exterior. Segundo a entidade, até 45.000 pessoas podem ser atingidas nas próximas semanas.