Após pressão do Ocidente, presidente de Israel sinaliza chance de nova trégua

Foto: Mohammed Salem/Reuters

Após a pressão de países aliados por uma nova pausa nos bombardeios, o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse nesta terça-feira (19) que o país está pronto para outra trégua.

Herzog disse ainda que o governo israelense está disposto a debater a pausa nos ataques à Faixa de Gaza mediada por países estrangeiros para recuperar os cerca de 135 reféns ainda detidos pelo Hamas.

“Israel está pronto para outra pausa humanitária e ajuda humanitária adicional, a fim de permitir a libertação de reféns”, disse Herzog, numa reunião de embaixadores, de acordo com o seu gabinete. “E a responsabilidade recai inteiramente sobre (o líder do Hamas, Yahya) Sinwar e (outras) lideranças do Hamas”, disse ele.

No fim de novembro, Israel fez uma trégua de seis dias nos bombardeios após um acordo como o Hamas, o primeiro desde o início da guerra. Do outro lado, cerca de 130 reféns foram libertados.

Embora seja o presidente de Israel, Herzog não chefia o governo, função que cabe ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, nem tem poder de decisão sobre matérias do tipo.

Mas a sinalização acontece no momento em que líderes do Ocidente pressionam o governo israelense para uma nova pausa.

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o que chamou de “bombardeios indiscriminados” por parte de Israel. Já o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, o ex-premiê David Cameron, se reuniu com os homólogos da França e Itália para pressionar por um “cessar-fogo sustentável” no conflito.

Nesta terça, o Conselho de Segurança da ONU deve votar uma nova resolução pedindo “o cessar-fogo urgente e duradouro”. Um possível veto Estados Unidos, no entanto, pode inviabilizar o texto.

Também nesta terça, o Ministério da Saúde do Hamas disse que 20 pessoas morreram em um bombardeio israelense na cidade de Rafah, perto da fronteira de Gaza com o Egito. Segundo o ministério, 19.667 pessoas morreram por conta dos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Do g1.