AACD/CG paralisa atividades por falta de apoio da gestão de Romero

A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Campina Grande informou na manhã desta terça-feira (17) que os atendimentos estão suspensos. A nota divulgada no perfil da instituição no Facebook, relata que a medida foi adotada por falta de repasses financeiros da Prefeitura Municipal de Campina Grande, administrada pelo tucano Romero Rodrigues.

“A partir de hoje, 17 de março de 2015, a AACD está com os atendimentos paralisados, aguardando os repasses financeiros da Prefeitura Municipal de Campina Grande… Logo que isso ocorra retomaremos nossas atividades”, explica a nota.

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A AACD de Campina Grande é a segunda instalada na região Nordeste, sendo a primeira na cidade de Recife, em Pernambuco, e a capacidade de atendimento prevista é de 800 pacientes.

Na inauguração a gerente administrativa, Luciana Martins, revelou que a unidade beneficiaria não somente Campina Grande, mas toda a Paraíba e cidades dos Estados vizinhos. “O paciente do interior que necessitava viajar até seis horas para chegar ao Recife terá agora mais tempo e mais conforto”, disse.

A estrutura da unidade campinense conta com 20 salas de atendimento e áreas especializadas para o acompanhamento dos pacientes em setores de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia, psicologia, pediatria, neurologia, fisioterapia aquática e oftalmologia. Os serviços da AACD disponibilizados em Campina Grande funcionavam temporariamente em uma clínica no bairro da Prata, que atendia diariamente 100 pacientes.

Em todo o Brasil a AACD funciona a partir de milionárias verbas arrecadadas pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) com a famosa campanha anual do Teleton, daí a surpresa do atendimento em Campina Grande ser paralisado sob alegação da falta de dinheiro municipal.

Para ganhar uma AACD os políticos campinenses se uniram. No programa Silvio Santos, por exemplo, se encontraram em clima de festa no mesmo estúdio Cássio Cunha Lima, Veneziano Vital do Rego (prefeito da cidade, à época) e Ricardo Coutinho. Coube à prefeitura a doação do terreno e o Estado entrou também com uma contrapartida para a obra. E ficou assegurado que a PMCG colaboraria com o fornecimento de parte do pessoal.