Cássio consegue a mesma ‘sorte’ de Aécio e terá Gilmar Mendes como relator de processo no STF

O ministro Gilmar Mendes será o relator do inquérito que investiga o senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) no Supremo Tribunal Federal (STF) por ser citado na delação de executivos da Odebrecht.

A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10) pela coluna Expresso, assinada pelo jornalista Murilo Ramos, da revista Época.

Confira abaixo o texto.

O inquérito contra o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima(PSDB-PB), delatado por executivos da Odebrecht, foi redistribuído nesta quinta-feira (10) ao ministro Gilmar Mendes.

A investigação estava com o ministro Edson Fachin, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu sua redistribuição por concluir que não há conexão do caso com as irregularidades investigadas na Lava Jato.

Segundo delatores da Odebrecht, Cunha Lima recebeu nas eleições de 2014, por meio de um intermediário, R$ 800 mil, dinheiro não contabilizado.

O tucano se defendeu da acusação. Negou a irregularidade e disse que recebeu doação de R$ 200 mil da Brasken, empresa do grupo Odebrecht, valor registrado na contabilidade da campanha ao governo da Paraíba apresentada à Justiça Eleitoral.

Entenda

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ia dar de bandeja a Cagepa para a Odebrecht. Essa foi a revelação que o vídeo do depoimento de Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, que serviu para a abertura de inquérito contra o senador paraibano Cássio Cunha Lima.

No depoimento, Fernando confirma que a empresa tinha interesse em desenvolver uma parceria público-privada para a área de saneamento e foi procurada por Cássio para demonstrar que tinha interesse em desenvolver o projeto e pediu uma contribuição de R$ 800 mil, através de caixa 2, para sua campanha de 2014.

“No decorrer da campanha de 2014, um diretor nosso, Alexandre Barradas, foi procurado pelo senador Cassio Cunha Lima, que era candidato a voltar ao governo da Paraíba”, relatou. Ainda segundo Reis, o codinome de Cunha Lima no departamento de propinas da Odebrecht era “Prosador”.