YouTube: novo índice traz nível de vídeos nocivos vistos por usuários

Método será utilizado em conjunto com métricas já existentes, como o tempo até a remoção de um vídeo impróprio e a quantidade de denúncias recebidas

A plataforma de vídeos YouTube apresentou nesta terça-feira (6) um novo índice que mostra a eficácia dos próprios filtros de suspensão e remoção de vídeos “que violam as diretrizes da empresa”. A métrica é chamada de Taxa de Visualização de Conteúdo que Viola Políticas (VVR, na sigla em inglês).

De forma resumida, o número indica que porcentagem de visualizações no YouTube são de vídeos considerados impróprios — uma categoria que envolve desde desinformação e discurso de ódio até problemas com direitos autorais. Ele será divulgado a cada relatório trimestral de transparência liberado pela plataforma.

Atualmente, o valor está entre 0,16% e 0,18% — o que significa que, a cada 10.000 visualizações, 16 a 18 são de vídeos que violam as políticas do YouTube. Apesar de ainda parecer alto, o resultado é 70% menor em relação ao mesmo trimestre de 2017.

O que eu ganho com isso?

O VVR é calculado de forma estimada por cientistas de dados do próprio YouTube e vai ajudar a empresa a determinar até mesmo que tipo de vídeo é mais nocivo e que áreas precisam de melhorias. Ele será utilizado em conjunto com métricas já existentes, como o tempo até a remoção de um vídeo impróprio e a quantidade de denúncias recebidas.

O cálculo também serve para comprovar que investir em tecnologias de filtragem e identificação traz resultados, pois a porcentagem tende a diminuir com a aplicação de aprendizagem de máquina e inteligência artificial na plataforma.

O YouTube já fazia essas avaliações internamente desde 2017 para “medir o trabalho de responsabilidade da empresa”, ou seja, o quanto ela era responsável por abrigar conteúdos irregulares. Nos últimos anos, a plataforma foi acusada por não combater desinformação em vários tópicos, como terraplanismo, negacionismo de mudanças climáticas e teorias da conspiração relacionadas com a pandemia da Covid-19.

Do Tecmundo