Weber envia à PGR pedido de investigação sobre Bolsonaro por ataques às urnas

Oposição entrou com ação no STF alegando que o presidente cometeu abuso de poder político e econômico e fez propaganda eleitoral antecipada

Foto: Carlos Moura - 4.mar.2020/SCO/STF

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta segunda-feira (8) para a Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação do presidente Jair Bolsonaro por ter feito ataques ao sistema eleitoral, sem provas, durante encontro com embaixadores estrangeiros.

A conduta de Bolsonaro provocou reações de instituições da sociedade civil e de autoridades. Parlamentares de oposição entraram com ação no STF alegando que o presidente cometeu abuso de poder político e econômico e fez propaganda eleitoral antecipada, além de outras irregularidades.

O despacho da ministra é praxe nesse tipo de caso. Isso porque cabe à PGR decidir se pede a instauração de apurações formais contra autoridades com foro privilegiado.

“Determino, assim, a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental”, escreveu a ministra.

No documento, os parlamentares argumentaram que o presidente cometeu improbidade administrativa, abuso de poder político e econômico, crime contra o Estado Democrático e fez propaganda eleitoral antecipada. Também ponderaram que o presidente usou o cargo para abalar a ordem democrática.

“Não pode o representado usar do cargo de presidente da República para subverter e atacar a ordem democrática, buscando criar verdadeiro caos no país e desestabilizar as instituições públicas”, diz o pedido.

Além do pedido de investigação ao Supremo, partidos e parlamentares de oposição acionaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a conduta de Bolsonaro. Nos pedidos, destacaram que a atuação pode configurar abuso de poder político e uso da máquina pública para desequilibrar a disputa eleitoral.

Do g1