“Voltei a ser independente”, diz idosa que usou remédio anti-Alzheimer

Medicamentos devem ficar 5% mais caros a partir do dia 1º de abril
Imagem Ilustrativa

Uma professora aposentada dos Estados Unidos teve sua independência recuperada depois de usar um remédio experimental para combater o Alzheimer. Lori Weiss, de 65 anos, usou o medicamento donamemab, da farmacêutica Eli Lily, que ainda está na fase 3 (a última) de testes.

O uso do remédio promete diminuir em 40% o avanço do Alzheimer. É difícil entender, porém, como estes números se traduzem na qualidade de vida do paciente. Em entrevista ao The Times, Lori mostrou como o medicamento melhorou sua rotina: ela recuperou seu senso de direção o suficiente para voltar a dirigir.

“Antes do remédio, eu chegava a um cruzamento e tinha muita dificuldade de lembrar para onde eu devia ir, então tive que parar de dirigir. Agora, eu consigo levar todos os meus amigos à aula de pintura a voltar para casa tranquilamente”, conta.

Lori começou a notar os sintomas do Alzheimer há quatro anos, quando passou a ter dificuldade para entender o que seus alunos perguntavam. Ela conseguiu uma vaga para participar do estudo clínico e tomou as injeções do donanemab de janeiro a maio deste ano.

Novo remédio contra o Alzheimer

O remédio foi submetido às agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa e deve ser analisado ainda este ano. Segundo especialistas, ele dificilmente estará disponível para venda antes de 2025.

No começo de julho, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, autorizou a venda do lecanemab, um remédio da farmacêutica japonesa Eisa em parceria com a americana Biogen, que promete uma redução de 27% no progresso da doença também através de injeções.

A boa notícia, porém foi acompanhada de um contratempo para o paciente: as doses, que bastam para um ano, começaram a ser vendidas pelo preço de 26,5 mil dólares (cerca de 127 mil reais). Do Metrópoles.

Foto de mulher branca com uma blusa roxa diante de uma série de pinturas pequenas coloridas - Metrópoles