Vitalzinho diz que recebe denúncia da Lava Jato com “estranheza e indignação”

Conforme o MPF, Vitalzinho teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos da empreiteira OAS

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, afirmou, em nota divulgada nesta terça-feira (25), que recebeu com “estranheza e indignação” a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), onde o aponta como recebedor de propinas da empreiteira OAS.

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De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações da Operação Lava Jato foi identificada uma organização criminosa formada por executivos de grandes empreiteiras, que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a diretores da Petrobras, fraudava o caráter competitivo de licitações realizadas pela estatal.

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Conforme o MPF, Vitalzinho teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos das grandes empreiteiras, envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a Petrobras. Deste valor, ele teria recebido R$ 3 milhões.

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Confira nota na íntegra

O ministro Vital do Rêgo foi surpreendido na manhã de hoje com a notícia de que procuradores da Força-Tarefa de Curitiba apresentaram denúncia nos autos de inquérito judicial que tramita há quase cinco anos e que dois procuradores-gerais da República – Rodrigo Janot e Raquel Dodge – não vislumbraram elementos para formalizar o pedido de ação penal.

Causa estranheza e indignação o fato de que a denúncia nasceu de um inquérito, aberto sem autorização do STF, Corte esta que ainda aprecia recurso contra a remessa da investigação para Curitiba/PR, em uma clara usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal.