Vilar elogia Auto por empate e critica Belo por falta de ritmo no 2º tempo

O técnico do Botafogo-PB, Marcelo Vilar, fez uma avaliação seca do Botauto dessa quarta-feira, que abriu o quadrangular final do Campeonato Paraibano. De um lado, elogios à atuação do Auto Esporte, que buscou o empate por 2 a 2 no segundo tempo, depois de terminar a primeira etapa perdendo por 2 a 0. Do outro, críticas à atuação do Belo e lamento pela visível falta de ritmo de jogo do atacante Rafael Oliveira, que voltou a jogar após mais de duas semanas parado.

No primeiro tempo, Vilar viu o Botafogo-PB ter mais posse de bola que o adversário, mas, apesar disso, não criar boas jogadas ofensivas. Pelo contrário. Até sair o primeiro gol, aos 39 minutos, tinham sido do Auto as jogadas mais perigosas da primeira etapa. Mas aí o Belo conseguiu fazer 2 a 0, primeiro com Doda, depois com Gustavo. Na volta do intervalo, o cenário mudou. O Macaco Autino, mais na base da vontade, foi para cima, pressionou, empatou. Vilar viu na jogada aérea do Alvirrubro uma arma difícil de ser marcada, mas citou outros problemas que acarretaram a derrocada do Belo na partida.

“Foi um problema (a bola aérea do Auto), mas a gente tem consciência de que não foi só isso. Isso aí contribuiu porque era um momento do jogo em que a gente estava com dois gols de vantagem e aquele gol deu um ânimo maior para o pessoal. Mas a gente tem que aceitar que não fizemos uma boa partida e por isso nós não conseguimos a vitória”, avaliou o treinador alvinegro.

Para Vilar, outra qualidade do Auto no jogo foi a marcação homem a homem. Segundo o técnico botafoguense, isso atrapalhou a criação das jogadas do seu time, que acabou também se perdendo em campo quando viu o Alvirrubro encostar no placar. O Clube do Povo marcou aos 12 e aos 23 do segundo tempo, com Léo Oliveira e Jó Boy respectivamente.

“O time do Auto Esporte fez uma grande partida. Nós sabíamos que ia ser um jogo difícil, mas nós erramos muito porque não soubemos sair da forte marcação individual que eles fizeram. O jogo foi descambando, indo para o segundo tempo. Nós conseguimos fazer os dois gols, mas aquele gol acabou desestruturando um pouco, deu moral para o Auto Esporte. Aí a gente se perdeu dentro de campo. Até acontecerem as substituições, que fez a gente engrenar de novo, a gente não fez uma boa partida”, analisou Vilar, que tirou André Cassaco, Roberto Dias e Doda para as entradas de Rafael Oliveira, Aírton e Bismarck respectivamente.

Ele voltou muito mal. Foram 15 dias sem treinamento com bola e, realmente, estava muito fora de ritmo”
Vilar, sobre a atuação de Rafael Oliveira

Rafael Oliveira, aliás, foi uma das armas tentadas por Vilar quando o Botafogo-PB ainda vencia por 2 a 1. O atacante entrou aos 15 minutos da segunda etapa para tentar dar algum trabalho à defesa do Auto Esporte, coisa que o Belo não conseguia fazer desde o primeiro tempo. Mas o camisa 9 alvinegro teve poucas chances em campo. Depois de mais de duas semanas afastado por conta de uma contusão no tornozelo esquerdo, o artilheiro do Paraibano estava visivelmente sem ritmo de jogo.

“Ele voltou muito mal. Foram 15 dias sem treinamento com bola e, realmente, estava muito fora de ritmo”, resumiu Vilar.

O Botauto dessa quarta-feira abriu o quadrangular final do estadual. Nesta quinta-feira, Treze e Campinense se enfrentam em Campina Grande, dando sequência à fase decisiva. O Botafogo-PB agora volta suas atenções para a Série C do Campeonato Brasileiro, na qual estreia no domingo, contra o Salgueiro. O Belo manda o jogo no Amigão, em Campina Grande, por cumprir punição imposta pelo STJD. Pelo estadual, o Alvinegro só volta a campo na próxima quarta-feira, para o Clássico Tradição contra o Treze, novamente no Almeidão.

Com informações do Globo Esporte Paraíba