Vigilante vítima de racismo relata cusparada e diz que prestará queixa por injúria racial

Vítima de injúria racial na tarde de ontem, após o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, o vigilante Fábio Coutinho se manifestou sobre o caso. Ele relata que recebeu cusparadas do torcedor e diz que tenciona prestar queixas contra o torcedor que o ofendeu.

“Eu vou ser sincero, vou dar um relato aqui. Sou vigilante, sou profissional da área de segurança. Não vou me vitimizar, mas foi uma atitude muito baixa e rasa da parte dele. Se puder encontrar essa pessoa, seria bacana ele servir como lição. Não foi só uma atitude racista, ele cuspiu na minha face. Em vários momentos, ele tocou com os dedos em minha face. Eu pretendo sim, dar continuidade”, disse à reportagem.

“É até difícil falar agora, porque isso demonstra que em momento algum, eu tive uma atitude agressiva com ninguém ali. Eu permiti que pudessem passar ali crianças, enfim… O local que você [repórter] estava, você sabia que a torcida do Galo não poderia passar por ali. Era a integridade física dos profissionais da imprensa e até os torcedores do Cruzeiro. Foi uma agressão gratuita da parte dele, tenho intuito de dar continuidade”, acrescentou.

Na tarde de ontem, o torcedor do Galo que ainda não teve a sua identidade revelada cometeu um ato de injúria racial durante a confusão generalizada ocorrida no Mineirão.

Em discussão com Fábio Coutinho, um dos vigilantes do estádio, o atleticano disparou: “olha a sua cor”. Em reação ao ato, o segurança respondeu: “você é racista?”.

O vídeo foi publicado pela Rádio 98FM e repercutiu de forma negativa. As críticas fizeram com que a diretoria do Galo se manifestasse por meio das redes sociais:

“O Clube Atlético Mineiro repudia veementemente qualquer ato de violência, incluindo racismo, injúria ou ofensa moral, seja no estádio ou fora dele. As diversas imagens que circulam em redes sociais são lamentáveis e devem ser objeto de rigorosa apuração”. Informações são do UOL.