VÍDEO: TV Globo exibe história de paraibana que se divide entre a agricultura e o futebol

Donilda veste a camisa do Jurema
Donilda veste a camisa do Jurema com orgulho

A Paraíba votou a ser destaque na programação da Rede Globo de Televisão. Neste domingo (31), o Esporte Espetacular – um dos mais influentes programas esportivos da TV brasileira – mostrou a história da agricultora Donilda, uma sertaneja de 38 anos, que divide seu tempo entre a roça e o futebol e comanda com mão pesada o Jurema Esporte Clube, time de futebol amador de Itaporanga, cidade localizada no Sertão paraibano.

O programa deu ênfase, também, ao ‘Poeirão’, um torneiro de futebol amador que é disputado há 40 anos na cidade de Itaporanga, reunindo 158 times e mais de três mil jogadores. “Os moradores param tudo para verem os 158 times e os mais de três mil jogadores se reunirem no Estádio Zezão”, conta a reportagem.

Donilda, que vive da agricultura, é trinadora do Jurema Esporte Clube, equipe batizada com nome de uma árvore espinhenta do Sertão, já deu frutos. Ela aproveita a reportagem para contar um pouco do sofrimento de quem sofre na pele os efeitos da estiagem que assola grande parte do Nordeste.

“Para nós, é o emprego que tem no momento. O trabalho na agricultura, roça. Uma das melhores coisas que eu gosto de fazer é horta. A gente come, vende, sobrevive disso. Não tá conseguindo arroz, feijão, porque não houve inverno. Se tivesse tido inverno, a gente tinha arroz, feijão, milho. Começou uma trovoadazinha, a partir de janeiro parou. Veio chover agora em abril, a gente pensou que ia continuar, e não continuou. Então morreu. Nasceu e morreu. Batalhar uma coisa e não conseguir aquilo se torna difícil. A gente vai tentando até um dia dar certo. Faz um plantio, perde ele todo, fica um pouco triste porque não arrecadou o suficiente”, testemunha.

Esporte Espetacular

Cinco irmãos de Donilda defendem as cores do Jurema: Donildo, eletricista; Dovanir, vaqueiro; Donivaldo, professor; Dogivaldo, agente de saúde e Mariano, agricultor. O time comandado pela agricultora acabou conquistando o título do ‘Poeirão’.

“Na base do mata-mata, cada partida dura 30 minutos e se o tempo normal terminar em empate, a decisão vai para os pênaltis. A vaga na final foi suada e os telhados das casas serviram como arquibancadas improvisadas já que o Zezão estava com a capacidade de 7 mil pessoas esgotada para assistir a decisão entre Jurema e Julhão. Melhor para a torcida de Donilda. Foram sete jogos sem que o professor Donivaldo, que defendeu pênaltis na semifinal, sofresse gols no tempo normal”, diz a reportagem.

Clique aqui e assista à integra da reportagem exibida neste domingo.