Vídeo: Fernando Cunha Lima rebate acusações de pedofilia e diz que vítimas querem dinheiro

Pediatra, que responde em liberdade, voltou a negar os crimes e respondeu a todas as perguntas durante o interrogatório

(Foto: Reprodução)

O médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de abusos sexuais contra menores, prestou novo depoimento na Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude da Paraíba e, pela primeira vez, falou com a imprensa. Ao deixar a delegacia nesta sexta-feira (6), o médico negou todas as acusações e afirmou que os denunciantes “talvez estão atrás de dinheiro”.

Quando questionado pela imprensa sobre se acreditava que as vítimas estariam buscando mídia e ganhos financeiros, Cunha Lima recuou em sua declaração, afirmando: “Eu não falei isso. Estão colocando palavras na minha boca.”

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O pediatra, que responde em liberdade, voltou a negar os crimes e respondeu a todas as perguntas durante o interrogatório.

 

A Justiça já negou pela segunda vez o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público. No entanto, o inquérito policial segue em andamento, com a expectativa de novos depoimentos e a abertura de mais investigações nas próximas semanas. O caso envolve, até o momento, dez vítimas, que relatam terem sofrido abusos ao longo de vários anos, supostamente cometidos pelo médico.

O advogado Bruno Girão, representante das famílias das vítimas, criticou duramente a postura de Fernando Cunha Lima, classificando-o como um “predador sexual”. Girão repudiou as alegações do médico, que sugeriu que as vítimas estariam buscando ganho financeiro com as denúncias. “É um verdadeiro absurdo ele acusar as vítimas de distorcerem os fatos para obter lucro”, declarou o advogado.

As investigações indicam que os crimes teriam sido cometidos contra crianças de diferentes faixas etárias e gêneros, com relatos de abusos ocorridos em João Pessoa, Campina Grande e Cabedelo, além de outros estados, como o Rio Grande do Norte. Os supostos abusos teriam acontecido tanto em consultórios do médico quanto em residências de familiares das vítimas.