Vídeo: em meio à greve da CGU e STN, ex-ministro sai em defesa dos servidores

Auditores e técnicos, que compõem a carreira de finanças e controle, com atuação na Controladoria-Geral da União (CGU) e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), têm alternado entre dias de greve e operação-padrão, reivindicando valorização e melhores condições de trabalho. O Governo Federal tem sido acusado de tratar a carreira de forma subvalorizada em relação a outros cargos de atribuições semelhantes.

Por meio de um vídeo compartilhado nas redes sociais, o ex-ministro da CGU, Jorge Hage, saiu em defesa dos servidores, ressaltando a importância dos trabalhos desenvolvidos pelo quadro de servidores do órgão.

No vídeo, Jorge Hage destaca que investir nas atividades de controle das despesas públicas é essencial para combater à corrupção. Para ele, é necessário ter servidores com elevado conhecimento técnico para realizar os trabalhos de auditoria sobre os investimentos realizados pelo Governo Federal em todo país.

Os trabalhos da CGU geram a deflagração de operações especiais de enfrentamento à corrupção, em parceria com outros órgãos, como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Atualmente, a fiscalização das ‘emendas PIX’, solicitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é um dos trabalhos essenciais que estão sendo desenvolvidos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle na Paraíba, Fábio Moreira, desde 2022, mais de um terço dos servidores que tomaram posse no último concurso da CGU, já pediram demissão para trabalhar em órgãos mais valorizados. “É uma evasão sem precedentes para a carreira de finanças e controle. É necessário lembrar que sem investimento adequado na CGU e em seus servidores, o enfrentamento à corrupção, assim como as atividades que envolvem a melhoria da transparência pública estão ameaçadas”, ressalta o dirigente.

“Esse cenário contrasta fortemente com os resultados alcançados pela CGU nos últimos anos, como a geração de R$ 89,8 bilhões em benefícios financeiros para o Governo Federal entre 2020 e 2023, e o ressarcimento de R$ 18,5 bilhões aos cofres públicos a partir de 27 acordos de leniência, dos quais R$ 9,05 bilhões já retornaram efetivamente, sendo R$ 1,34 bilhões em 2023”, acrescenta Fábio Moreira.

Nesta terça-feira, os servidores da CGU e da STN promovem mais uma greve de 24 horas em todo Brasil, na sexta semana seguida desde o início da mobilização em meados de agosto.

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