Vereadores se reúnem para entrar na Justiça e garantir CPI da Lagoa na CMJP

Os vereadores da oposição disseram estranhar as alegações do presidente da Câmara de João Pessoa, Durval Ferreira (PP), que é aliado do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), de que há falhas no documento que pede a instalação da CPI da Lagoa. Após essas críticas, o líder da oposição Renato Martins (PSB) convocou uma reunião nesta segunda-feira (28) com os demais vereadores que assinaram o pedido da CPI para poder deliberar sobre entrar na Justiça para garantir a instalação da Comissão. O encontro está previsto para às 10h.

Durval alegou que há falhas técnicas nas assinaturas de alguns vereadores que subscreveram o requerimento solicitando a CPI da Lagoa. De acordo com ele, alguns dos parlamentares que haviam trocado de partido à época assinaram o documento como se ainda fossem filiados aos seus antigos partidos.

O vereador Lucas de Brito (PSL), da bancada de oposição ao prefeito Luciano Cartaxo, declarou que o bloco oposicionista na CMJPl irá aguardar o parecer da Procuradoria-Geral da Casa sobre o pedido da instalação da CPI da Lagoa, que tem o objetivo de investigar supostas irregularidades nas obras do Parque Solón de Lucena, apontadas em relatório da Controladoria Geral da União (CGU).

Ele ainda afirmou que a oposição avalia entrar com um mandado de segurança na Justiça para garantir a instalação da CPI. “A gente está aguardando o parecer da procuradoria para a partir dessa leitura decidirmos o que fazer. Uma das alternativas é ajuizar um mandado de segurança para forçar a instalação da CPI da Lagoa”, defendeu.

Lucas de Brito, no entanto, destacou que essa é uma medida que precisa ser discutida com todos os membros da bancada opocionista na Câmara. “É uma estratégia que está sendo discutida e que fica para próxima semana”, relatou.

O vereador Raoni Mendes (DEM), outro integrante da oposição na Câmara e autor da proposta da CPI, também criticou a postura do presidente da Câmara. Para ele, as declarações de Durval são sem nexo e que os vereadores que protocolaram o pedido de instalação da CPI não foram comunicados em tempo hábil sobre supostas falhas nas assinaturas.

“Nem eu, nem nenhum dos vereadores fomos comunicados pela mesa diretora a respeito desse assunto e o mais estranho é que apareça isso pela imprensa no dia que a sessão ordinária foi suspensa por causa da Semana Santa. Aguardo um comunicado oficial para poder responder, mas posso adiantar que estou documentado”, protestou ele.

Entre os 10 vereadores que assinaram o documento da instalação da CPI, cinco trocaram de legenda: Lucas de Brito, foi do DEM para o PSL, Raoni Mendes saiu do PTB e ingressou no DEM, Djanilson da Fonseca deixou o PPS e se filiou ao PR,  Chico do Sindicato foi do PP para PTdoB e Felipe Leitão saiu do Solidariedade e ainda segue sem partido.