Vereadora denuncia falta de médicos e remédios em várias unidades de saúde de João Pessoa

A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) denunciou na tribuna da Câmara de João Pessoa, nesta terça-feira (02), a falta de médicos e medicamentos em Unidades de Saúde da Família (USF) de vários bairros e comunidades da Capital. “A comunidade Bola na Rede há oito meses está não tem médico e nem sequer dipirona. A mesma situação no Bairro das Indústrias, no Esplanada, isso é uma falta de respeito”, disse Raíssa.

A vereadora elencou entre as localidades sem médico Bairro das Indústrias, Bairro São José, Baixo Róger, Porto do Capim, Esplanada, Cangote do Urubu (Cristo Redentor), Bola na Rede, Cabral Batista e Ninho da Perua (Bairro dos Novais), Porto do Capim (Varadouro) e Padre Hildo Bandeira (Torre). No PSF do Baixo Róger está faltando médico há seis meses.

A vereadora informou que recebeu um ofício da Secretaria de Saúde em resposta a seus questionamentos afirmando que a Prefeitura tem tido dificuldade em contratar médicos. “Isso é desculpa pra boi dormir, desculpa para enganar menino que ainda não nasceram os dentes”, desabafou.

Raíssa disse que não pretende fazer politicagem com a saúde de João Pessoa, mas apelou ao prefeito Luciano Cartaxo por mais respeito às mulheres e que resolva a situação da saúde da Capital. “Ontem estive em uma reunião no Bairro dos Novais com 200 lideranças, um bairro com 17 mil habitantes, sem médicos e nem Clexane para as mulheres”, lamentou. Clexane é um medicamento que evita a trombofilia em mulheres gestantes. “Não adianta colocar uma UPA bonita sem médico dentro”, lembrou Raíssa, referindo-se à UPA dos Bancários, que foi notificada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).

A vereadora pediu, ainda, que a prefeitura não discrimine as periferias da cidade, pois é onde moram os trabalhadores, pedreiros, padres, mecânicos, domésticas, enfim, homens e mulheres de bem. Segundo Raíssa, o prefeito cuida da orla de João Pessoa, da Avenida Beira Rio, mas esquece as comunidades. “Entre na periferia para ver o lixo”, pediu.