A vereadora Eliza Virgínia (PP) protocolou, nesta quinta-feira (19), no Ministério Público Estadual da Paraíba (MPPB), uma representação contra a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), pela oferta do curso de extensão ‘O golpe de 2016 e o futuro da Democracia no Brasil’. De acordo com a parlamentar, o curso é um atentado ao mau uso do dinheiro público.
“Nós não podemos admitir que o dinheiro público seja usado para benefício de grupos políticos de esquerda, ou até de direita. Isso é ilegal, imoral e fere todos os princípios da administração pública”, disse a vereadora.
As aulas do curso que aborda o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) começarem em março nos campi da UEPB de Campina Grande, Guarabira, no Agreste, e em Patos, no Sertão paraibano.
O professor Valmir Pereira, coordenador da atividade, confirmou que a motivação para a atividade partiu da disciplina ofertada pela UNB, proposta pelo professor Luís Felipe Miguel, com o mesmo título.
O curso é oferecido pelo Grupo de pesquisa sobre Ensino de Filosofia e Filosofia Marxista da UEPB e foi aprovado em reunião do departamento. “Pretendemos entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática, com a deposição da presidenta, bem como analisar o governo presidido por Michel Temer”, justifica Valmir Pereira.
Orientação sexual
A vereadora Eliza, que tem levantado bandeiras contra a doutrinação ideológica dentro das escolas, também se posicionou contra o Projeto de Lei que obriga os estabelecimentos comerciais e órgãos públicos a fixarem cartazes indicando a punição a atos de discriminação por orientação sexual.
“Meu compromisso é com o povo e tenho certeza que a família paraibana não aceita esse tipo de comportamento dos órgãos públicos”, ressaltou a parlamentar.