Vereador rebate críticas da oposição e defende corte de gastos da PMJP

O vereador Marco Antônio (PPS) defendeu as medidas de austeridade econômica adotadas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) ao publicar o Decreto 8.443. Durante pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira (17), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), o parlamentar garantiu que a gestão atual não está passando por crises.

“O Decreto 8443 é uma medida de austeridade, que visa ao equilíbrio e que deixa transparente que a gestão instalada no Município tem planejamento, que garante o pagamento da folha e a continuidade das obras iniciadas. Nunca se viu tanta obra presente, ao mesmo tempo, em todos os bairros da Capital. É natural que em outras gestões não houvesse essa necessidade de empréstimos para contrapartida como houve ultimamente”, comentou Marco Antônio, ao responder indagação de Raoni Mendes (PDT).

De acordo com o parlamentar, o prefeito Luciano Cartaxo (PT) ouviu, está ouvindo e colocando na prática as sugestões dadas pela população, garantindo o cumprimento do que foi planejado. “Se há vereador que diz que denunciou excesso de gastos há um ano, que reconheça que o prefeito ouviu o pleito e entrou em ação. Puxou-se um assunto de que a Prefeitura haveria comprado uma espiga de milho a R$ 52,00. No entanto, esse valor foi de uma mão do vegetal”, explicou Marco Antônio.

Djanilson (PPS) salientou que Luciano Cartaxo é o primeiro prefeito do Nordeste a encarar a crise econômica pela qual passa o Brasil, “cortando na própria carne”. “Ele fez o Decreto, aguardou resposta das Secretarias de Governo quando à redução de gastos. É verdade que a folha aumentou, mas dentro dos limites de responsabilidade fiscal. Foram reformados vários postos de Saúde, abertas creches e escolas em tempo integral”, lembrou.

Raoni Mendes (PDT) indagou sobre o motivo de haver na PMJP mais de R$ 92 milhões em empréstimos para contrapartidas. “Gostaria que também fossem explicadas a infinidade de licitações desertas. A proposta de 3% dde reajuste para servidores da Educação. Qual o motivo de, em vez de fundir secretarias e minimizar o salário de secretários, demitirem funcionários? Como garantir os serviços básicos assim?”, questionou.

Para Raoni, segundo o Decreto, as medidas de contenção agridem os mais vulneráveis, os prestadores de serviços. O documento não especifica remanejamentos, ele não é objetivo.

“Devemos reconhecer que o prefeito teve medidas responsáveis para manter o equilíbrio fiscal e financeiro da prefeitura. Caso queira atingir o prefeito por causa da crise nacional, sabemos que isso não é motivo, pois a corrupção não foi implantada por esta Gestão. Não foi inventada agora. Nossa Casa tem que partir da vanguarda, como os exemplos de delação premiada no Mensalão, que estão fazendo com que as verbas desviadas voltem aos cofres públicos. A população não pode mais pagar por essa conta e ninguém aguenta mais isso”, afirmou Marco Antônio.