Vereador diz que ao desqualificar oposição Cartaxo desrespeita CGU, MPF e PF

Humberto lembra que graças as instituições o superfaturamento na obra da Lagoa foi descoberto

Vereador diz que ao desqualificar oposição Cartaxo desrespeita CGU, MPF e PF
Humberto aponta contradição de Cartaxo

O vereador Humberto Pontes (Avante) disse, na tarde desta quarta-feira (28), que o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), no “afã de desqualificar a oposição” acaba desrespeitando o trabalho de instituições respeitadas pela população, como a Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF).

“Logo cedo da manhã, em contato com a imprensa, o prefeito ironizou a coletiva convocada pela oposição para apresentar documentos novos que reforçam as denúncias de irregularidades já comprovadas na obra da Lagoa. No afã de desqualificar a oposição, o prefeito Cartaxo acabou colocando em xeque todo trabalho investigado realizado por instituições da mais alta credibilidade, afinal, quem estar afirmando que houve superfaturamento na obra da Lagoa não é a nossa bancada, mas sim a CGU, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal”, observou Humberto Pontes.

Para o vereador, ao criar uma comissão especial para apurar as irregularidades constadas na obra da Lagoa, o prefeito Luciano Cartaxo acabou reconhecendo que as cobranças feitas pela bancada de oposição são pertinentes.

“Inicialmente, o prefeito tentou desqualificar a auditoria feita pela CGU ainda em 2015. Depois que a Polícia Federal deflagrou a primeira etapa da Operação Irerês, ele disse que as investigações não atingiam a prefeitura. Porém, com a quebra do sigilo das investigações e a revelação de documentos comprometedores, o prefeito resolveu criar às pressas uma tal comissão para tentar passar a opinião pública a impressão de que sua gestão é transparente”, destacou o vereador.

“Ora, se o prefeito tenta desqualificar o trabalho de acompanhamento da oposição, por que ele criou uma comissão especial? Isso é ou não o atestado dado pelo próprio prefeito de que a nossa bancada está certa em cobrar o aprofundamento das investigações ?”, questionou Humberto Pontes.

Tráfico de influência

Em coletiva de imprensa, o líder da bancada de oposição ao prefeito Luciano Cartaxo (PSD), Bruno Farias (PPS), apresentou, na manhã desta quarta-feira (26), documentos que, segundo ele, comprovam o tráfico de influência para facilitar a liberação de recursos para a obra de requalificação do Parque Solon de Lucena, a Lagoa.

De acordo com o parlamentar, a cada dia que passa, o cerco se fecha mais em torno da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), no que tange às investigações acerca das irregularidades apontadas na obra.

Os documentos apresentados pela oposição mostram indícios que comprovam o envolvimento direto de parentes do secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Cássio Andrade, em liberações de verbas para a obra da Lagoa. Há também documentos que levantam a tese de pagamentos suspeitos.

“Os novos documentos desmentem a tese de Cartaxo, desmontando a mentira forjada, fabricada pela Prefeitura. Ouvi desde menino um ditado: quem mente, rouba. O senhor Cássio Andrade mentiu! Esses documentos provam que ele foi signatário nas autorizações de pagamentos feitos pela Caixa Econômica”, observou o líder da oposição.

Em denuncia anterior, divulgada em coletiva no último dia 7 de junho, de acordo com Bruno Farias, durante o período de execução da obra, havia parentes de Cássio Andrade, como funcionário da empresa Compecc, responsável pela execução da etapa de drenagem e dragagem da obra, em que foram constatadas pela Controladoria Geral da União (CGU) o desvio de mais de R$ 6 milhões, além da funcionária da Gerência de Governo (Gigov) da Caixa Econômica Federal e de uma servidora da Seinfra.

Bruno Farias fez um retrospectiva dos fatos envolvendo o escândalo da Lagoa, desde as primeiras denúncias feitas pelo portal Paraíba Já, como também os relatórios da CGU, que apontavam os indícios de irregularidades, as defesas feita pela PMJP, os problemas ocorridos na obra, após sua inauguração, como os peixes que brotaram no asfalto da Avenida Padre Azevedo, até o inquérito Civil no Ministério Público Federal (MPF) e as investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Federal (PF), através da Operação Irerês.

Estiveram presentes à coletiva de imprensa, além do líder da oposição, os vereadores Eduardo Carneiro (PRTB), Humberto Pontes (Avante) e Léo Bezerra (PSB).