Vereador denuncia: PMJP aumenta carga horária de servidores sem dar benefícios

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (6), o vereador Bruno Farias (PPS) reverberou denúncia dos prestadores de serviços municipais da área de Educação da Capital paraibana. De acordo com o parlamentar, os servidores estão com uma nova carga horária, mas sem nenhum benefício acrescido a nova realidade.

“Desde o início deste ano, os prestadores de serviço em Educação de nosso município estão com duas horas a mais em sua carga horária, mas sem nenhum benefício por isso, como aumento salarial, reajuste no vale transporte ou disponibilização de vale refeição. Ainda existe uma situação estranha: os servidores efetivos, com funções idênticas a dos prestadores de serviço, continuam com a carga horária antiga”, explanou Bruno Farias.

O parlamentar ainda afirmou que o presidente da Associação dos Funcionários da Educação Básica  de João Pessoa (AFEBJP), Luiz Armando, desde o início do ano, pleiteia uma reunião com a secretária municipal da Educação, Edilma Costa Freire, sem sucesso. De acordo com Bruno Farias, o presidente ainda solicita a inclusão de um representante da categoria na Comissão Especial de Revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Educação do município.

“Educação não se resume a ‘creche’, precisa de valorização dos profissionais do setor. Como defensor da educação não posso  me calar. Deixo o meu apelo: se não pode voltar a carga horária antiga, que os servidores recebam vale refeição e um acréscimo no vale transporte”, finalizou o vereador.

Apartes

O vereador Milanez Neto (PTB) afirmou que houve avanços na Educação do município e deu como exemplo a realização de concurso público que efetivou 1.300 novos servidores no setor. “Concordo em relação a volta das seis horas ou a reivindicação do vale transporte e alimentação, se continuarem as oito horas. Causa estranhamento que as gestoras da Educação não estejam dialogando com a categoria. A secretária Edilma Freire e a adjunta América Castro são mulheres que sempre ouvem as pessoas. Vamos intermediar esta situação e encontrar a solução”, disse.

Os vereadores Humberto Pontes (PTdoB), Marcos Henriques (PT), Sandra Marrocos e Tibério Limeira, ambos do PSB, destacaram a importância do tema e falaram que é essencial que os mínimos direitos dos trabalhadores sejam garantidos. Para eles, a CMJP precisa tomar para si a questão em busca de uma solução adequada a todos os envolvidos.