Veneziano diz que indefinição do PMDB sobre candidatura prejudica o partido

O deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) não está nada satisfeito com com o fato de seu partido ainda não ter definido candidato para as eleições do próximo ano. Para ele, que é membro da Executiva Estadual e presidente do PMDB de Campina Grande, esta indefinição acaba prejudicando a própria legenda.

Veneziano lembrou o que aconteceu em 2014, quando ele percorria o Estado como pré-candidato do partido, mas mesmo assim foi rifado da disputa e o PMDB até o dia da convenção ainda brigava internamente entre apoiar a candidatura de Ricardo Coutinho no primeiro turno ou ter candidato próprio, mas o partido acabou lançando de última hora a candidatura de Vital do Rêgo Filho, seu irmão.

“O PMDB precisa saber já qual caminho seguir. Todos sabem que saímos diminuídos com o que aconteceu em 2014. Então, pode chegar junho de 2018 e essa candidatura não exista. Isso é muito ruim, porque acaba prejudicando os próprios parceiros que são candidatos nas proporcionais e em outras situações. A única coisa que peço ao partido é isso, uma definição. Temos o desejo de ter uma candidatura própria? Ótimo, vamos. Temos nomes para isso? Temos. Dentre os quais, nós nos concentramos na figura do senador José Maranhão? Então que o senador Zé Maranhão possa construir a viabilidade dessa candidatura”, alertou.

Questionado sobre sua ligação com o Governo do Estado e o apoio a Ricardo Coutinho (PSB), o peemedebista afirmou que se sente muito à vontade e que desde a aliança em 2014 até o momento, não lhe foram apresentadas razões para que o PMDB rompesse com o governador.

“Eu fico muito à vontade, porque é coerente. Quem não guardou posição de coerência, me perdoe. Noventa e cinco por cento do PMDB em 2014 optou por votar em Ricardo Coutinho no segundo turno. De lá pra cá, não me foram apresentadas razões para que o PMDB simplesmente dissesse “olha, nós vamos nos desligar, nós vamos romper”. Essas razões, elas não me foram apresentadas, ponto um. Agora, se existem divergências, se existem convencimentos pessoais para não estarem a apoiar o Governo, eu as respeito”, declarou.