A jornalista filipina Maria Ressa, que ganhou o Nobel da Paz ao lado do russo Dmitri Muratov na sexta-feira (9), disse em entrevista à Reuters que o Facebook falha em combater a disseminação de notícias falsas e a propagação de ódio na internet.
Para ela, os algoritmos da rede social “priorizam a disseminação de mentiras misturadas à raiva e ao ódio aos fatos”.
Segundo o comitê norueguês do prêmio Nobel, “Ressa usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o crescente autoritarismo em seu país natal”.
“Rappler deu atenção à campanha assassina do regime de Duterte [o presidente da Filipinas]. O número de mortes é tão alto que parece uma guerra contra a própria população do país”, afirmou a porta-voz da entidade.
Documentos vazados
A declaração de Ressa ocorre dias após a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen ter afirmado ao Congresso dos Estados Unidos que a rede social enfraquece a democracia e é uma ameaça às crianças.
Frances recolheu milhares de documentos internos do Facebook antes de deixar a empresa em maio, e vazou informações ao jornal americano “Wall Street Journal”.
Contratada pelo Facebook em 2019 na esperança de ajudar a empresa a corrigir alguns problemas, ela afirma ter ficado cada vez mais preocupada com as decisões que a empresa tem tomado.
Do G1.