Vacina evitou morte de 43 mil idosos, aponta pesquisa da Harvard e UFPel

A vacinação contra a covid-19 evitou a morte de mais de 43 mil idosos de 70 a 79 anos no Brasil, segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, e UFPel (Universidade Federal de Pelotas), no Rio Grande do Sul. Os cientistas estimaram que o avanço das imunizações seja o fator responsável pela prevenção dos números de óbitos em um intervalo de 13 semanas.

Os cálculos revelaram um declínio progressivo na proporção de mortes pela doença nessa faixa de idade caiu de 28% para 16%. Entre os idosos com mais de 80 anos, os números declinaram de 28% para 12%.

Para as pessoas com 70 a 79 anos, a cobertura vacinal com a primeira dose atingiu metade da população nessa faixa etária na última semana de março, alcançando 90% na primeira metade de maio. Foi a partir dessa cobertura que o grupo de pesquisadores conseguiu identificar a queda no número de mortes.

O avanço da cobertura de imunização entre as pessoas com 70 anos ou mais de idade é consistente com a priorização dos grupos populacionais mais idosos, enquanto a cobertura entre as faixas etárias mais jovens ficou restrita a grupos prioritários, como trabalhadores da saúde, povos indígenas e pessoas que vivem em instituições (Trecho da divulgação da pesquisa)

A pesquisa mostra que o número de óbitos por covid-19 em todas as idades aumentou a partir do final de fevereiro, em decorrência da rápida disseminação da variante gama (antiga P.1) para todo o país. A cepa havia sido identificada pela primeira vez em dezembro no estado do Amazonas.

Tanto a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em Parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, quanto o imunizante desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford se mostram efetivos para combater a variante gama segundo o estudo.

A vacina CoronaVac representou 65,4% e a AstraZeneca/Oxford 29,8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para CoronaVac e 53,3% para AstraZeneca/Oxford no período entre meados de abril e metade de maio. Os imunizantes da Pfizer/BioNTech (Alemanha) e do Instituto Serum (Índia) responderam pelas doses restantes no período mais recente.

Do Uol.