A universidade Federal da Paraíba (UFPB) irá criar um diploma digital do país em colaboração com a Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC) e com a Universidade de Brasília (UNB), que também já têm propostas para implantar sistema de registro e expedição de diplomas digitais.

As três instituições trabalharão em conjunto para desenvolver uma solução que atenda às demandas de todas as Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, com aprovação do Ministério da Educação (MEC).

Esse foi o principal encaminhamento da reunião  do Colégio de Pró-Reitores de Graduação (Congrad) da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições de Ensino Superior (Andifes) nesta segunda (25) e terça (26), em Brasília.

“A nossa apresentação foi bastante positiva. O diploma digital que criamos foi muito elogiado. A UFSC e UNB têm iniciativas similares. Trabalharemos em colaboração. Outras instituições interessadas poderão participar”, conta o pesquisador Guido Lemos, que coordenou o desenvolvimento da solução tecnológica na UFPB.

Para que o diploma digital brasileiro seja finalizado, será necessário financiamento. Segundo Lemos, portaria que o regulamenta deve ser publicada em breve e estabelecerá o prazo de dois anos para que todas IES passem a emitir obrigatoriamente diplomas digitais.

“Tentaremos levantar recursos com a UFPB, com o MEC e com outros órgãos de fomento. As universidades terão autonomia para empreender transição ou decidir por uma posição mais radical e passar a emitir apenas diploma digital. Mas a realidade é que não há mais segurança na emissão de diplomas em papel”, alerta Lemos.

De acordo com o professor, somente uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (AL-PE) identificou cerca de 20 mil documentos falsos. “O crime de falsificação de diplomas se banalizou. Para verificar a validade de uma certificação em papel leva-se, em geral, seis meses. O digital, apenas 5 segundos”.