Ucrânia sofreu ataque hacker horas antes da invasão russa, diz Microsoft

A Microsoft é outra das gigantes tecnológicas a tomar medidas contra a invasão da Ucrânia. A companhia americana revela que detectou ataques cibernéticos contra a infraestrutura tecnológica ucranianos na quinta-feira (24), horas antes do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão do país.

A companhia tem o governo da Ucrânia como cliente e afirma que vem acompanhando a situação de perto no país. A empresa classifica a ação dos russos como “trágica, ilegal e injustificada”.

“Nos últimos dias, fornecemos inteligência sobre ameaças e sugestões defensivas para as autoridades ucranianas sobre ataques a vários alvos, incluindo instituições e fabricantes militares ucranianos e várias outras agências governamentais”, informa um comunicado, publicado no blog oficial da companhia na terça-feira (28).

Várias horas antes do lançamento de mísseis ou movimento de tanques em 24 de fevereiro, o Centro de Inteligência de Ameaças da Microsoft (MSTIC) detectou uma nova rodada de ataques cibernéticos ofensivos e destrutivos contra a infraestrutura digital da Ucrânia.

As informações a respeito dessas ameaças digitais estão sendo compartilhadas com autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e do governo do Estados Unidos, de acordo com a companhia.

Além de iniciativas para defender a Ucrânia contra ciberataques, a Microsoft diz que está atuando em outras frentes, como: combate à campanhas de desinformação patrocinadas pelos russos e suporte humanitário aos ucranianos.

Microsoft bloqueia mídia estatal russa

Em decisão parecida com a de outras plataformas sociais, como YouTube e Meta (dona do Facebook), a Microsoft anunciou que seu aplicativo agregador de notícias Microsoft Start não vai exibir conteúdo das redes Russia Today (RT) e Sputnik — dois veículos financiados pelo governo russo. A decisão também bloqueia essas informações no portal MSN.com, que pertence à marca.

A Microsoft também vai remover o aplicativo da RT de sua loja no Windows e diminuir a classificação dos dois veículos de comunicação russos em seu buscador Bing. Anúncios vindos da mídia estatal da Rússia também estão banidos no serviço de publicidade da companhia americana.

“A guerra vem acompanhada de uma batalha bem orquestrada em andamento no ecossistema da informação, onde a munição é a desinformação, minando a verdade e semeando a discórdia e a desconfiança”, afirma a Microsoft.

Do g1