Tucana diz que impeachment é “surreal” e prefere que Dilma continue no poder

A vereadora Eliza Virgínia (PSDB), em entrevista ao Paraíba Já, afirma não compactuar com a ideia de um possível impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT) e afirma ficar apreensiva com a linha sucessória.

“Ninguém consegue ligar realmente a ela nenhum desses crimes que tá acontecendo do próprio PT, conseguem ligar a Lula, mas a ela não. Por mais que o Brasil esteja nessa lama toda, o povo votou nela, o povo que quis. O Brasil acordou ano passado, antes da eleição e eu pensava que depois que esse gigante tivesse acordado, as coisas iriam mudar. Mas depois que passaram-se dois, três, quatro meses, vieram as eleições e nada mudou. A não ser que realmente tenha havido uma grande corrupção na votação, como existe essa suspeita de fraude, a gente consegue observar que o povo votou e que ela ganhou. Pra depois ficar chorando o leite derramado? Eu acho isso um pouco surreal, teria que se apurar as eleições, pra ver se realmente houve a fraude, acho que isso teria que ser incisivo”, afirma a vereadora.

Eliza critica os programas do Governo e afirma ter motivos para não querer a posse do vice-presidente Michel Temer. “Essa Bolsa Família, é uma compra de votos a cada 48 meses, é inegável o absurdo e o exagero que se há. Isso pra mim é onde mora o perigo, onde há a real compra de votos, porque o governo ta aí a quase 16 anos. São outros motivos. Agora com relação a essas últimas denúncias, talvez não seja isso aí. Mas como Al Capone foi pego por uma besteirinha, querem pegar um erro de contabilidade como as pedaladas porque não conseguem comprovar a corrupção em outra área que acontece. Mas eu fico apreensiva, eu não gostaria que Michel Temer assumisse o governo, eu tenho os meus motivos para não querer. Ruim com ela, pior sem ela. A não ser que fosse uma nova eleição. Pra isso teria que ser uma pessoa de muito pulso forte, pra colocar esse país nos trilhos. Mas acho que se ela continuar no poder, o país vai continuar dormindo, o Bolsa Família vai continuar falando mais alto, e nesse ponto eu concordo com Bolsonaro, quando ele diz que devemos ter uma política de controle de natalidade. Ter filho só pra ter bolsa família, é o que tá acontecendo, isso vira um ciclo vicioso. Mas por mim não tiraria ela do poder não, escolheram, então deixem ela aí, as pessoas tem que assumir as responsabilidades e voto é responsabilidade. Você escolheu por quatro anos. A não ser que realmente tenha uma comprovação”, incide.