O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi absolvido neste sábado (13) pelos senadores no processo de impeachment movido contra ele. A votação terminou em 57 votos a favor do impeachment x 43 contra o processo.
A absolvição já era esperada, já que, para ser aprovado, o pedido de destituição tardia precisava contar com o voto de pelo menos 17 republicanos, além dos 50 democratas — uma maioria de dois terços era necessária para condenar o ex-presidente.
Neste sábado, a acusação quis chamar a representante republicana Jaime Herrera Beutler para depor, o que adiaria a votação em alguns dias, mas desistiu da convocação em negociação com a defesa.
Numa primeira apreciação sobre a constitucionalidade do pedido, na abertura da análise no Senado, na terça-feira, apenas seis republicanos se mostraram favoráveis à aprovação do processo.
Trump é julgado no Senado por incitar uma insurreição quando discursou a apoiadores em janeiro em frente à Casa Branca. Naquele momento, perto dali, os congressistas oficializavam a vitória de Joe Biden como novo presidente dos EUA, uma etapa apenas formal da democracia americana.
Logo após o fim do discurso de Trump, uma multidão de apoiadores extremistas do republicano invadiu o Capitólio e interrompeu a sessão. Cinco pessoas morreram.
Caso fosse considerado culpado no julgamento do Senado, os democratas também pediam a cassação dos direitos políticos de Trump, tornando-o inelegível.
Contudo, contando com a lealdade da maior parte dos senadores mais à direita, a condenação não foi adiante. A defesa de Trump alegou nesta sexta-feira (12) que a acusação feita pelos democratas era uma “vingança política” e “descaradamente inconstitucional”.
A defesa argumentou ainda que ele apenas se utilizou da mesma retórica que seus adversários políticos.
Do G1