Indignado, o deputado estadual Tróccolli Junior (PROS) viajou até Brasília, na tarde desta terça-feira (18), para conversar com seu ex-companheiro de partido, senador Raimundo Lira (PMDB), e somar forças às cobranças ao ministro das Cidades Bruno Araújo, pela liberação de recursos destinados à obra do viaduto Eduardo Campos, mais conhecido como “Viaduto do Geisel”, bloqueados em junho deste ano.
Ontem, o senador Raimundo Lira enviou um ofício para o ministro Bruno Araújo, que é deputado licenciado do PSDB, exigindo o cumprimento das promessas feitas. O ministro tucano havia prometido que iria liberar ainda em junho o resto dos recursos, algo que nunca aconteceu.
Na última semana, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) anunciou que Bruno viria à Paraíba para vistoriar as obras do Viaduto do Geisel, algo que causou surpresa nos aliados do governador Ricardo Coutinho (PSB), por se tratar de uma obra, orçada em, aproximadamente, R$ 40 milhões, sendo 60% de recursos do tesouro estadual e que independente do bloqueio da parcela federal, não foi paralisada.
“Eu acho uma grande piada. O ministro prometeu publicamente dizendo que os recursos iriam ser liberados logo. Ele não tinha que vir aqui pra ver a obra, que está sendo feita com recursos próprios. A Paraíba já foi prejudicada demais com o governo anterior. A classe política tem que reagir para que possa conseguir o que há de melhor para o Estado. A Paraíba continua com dificuldade na bancada federal, que há pessoas, não todos, que impedem que até personalidades políticas venham visitar João Pessoa. Eu quero me juntar a Lira, para reforçar o pedido do ofício dele”, declarou Trócolli.
Ex-peemedebista, o deputado aproveitou para alfinetar integrantes da bancada federal paraibana que são adversários do governador Ricardo Coutinho, em especial, os senadores Cássio Cunha Lima e José Maranhão (PMDB).
“E que esse posicionamento do senador possa inspirar os demais senadores e deputados para poder melhorar a vida das pessoas na Paraíba, e não se sobressair com interesses próprios, que não interessam a ninguém”, afirmou.
