Trama golpista: Bolsonaro será interrogado nesta terça-feira no STF

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Trama golpista: Bolsonaro será interrogado nesta terça-feira no STF
Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (10) pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para exibir vídeos durante o seu interrogatório sobre a suposta trama golpista.

O ex-presidente será interrogado na Primeira Turma do STF a partir das 14h30 desta terça. O depoimento será transmitido pelo g1.

Bolsonaro é réu e apontado pela Procuradoria-Geral da República como líder de uma organização criminosa suspeita de tentar dar um golpe de Estado. O objetivo, segundo as investigações, era manter o político do PL no poder mesmo após a derrota para Lula nas eleições de 2022.

Na decisão, Moraes afirmou que o interrogatório não é o momento adequado para exibição de vídeos.

“No interrogatório, o réu e sua Defesa podem utilizar, apontar e fazer referência a qualquer prova presente nos autos, porém, não é o momento adequado para apresentação de provas novas, ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes”, disse Moraes.

Segundo o ministro, os advogados podem, se assim desejarem, anexar os vídeos ao processo.

“Caso entenda conveniente, a Defesa deverá juntar os citados documentos (“vídeos”) aos autos, para que as partes se manifestem e que, eventualmente, possam ter sua autenticidade comprovada”, declarou Moraes.

O ministro do STF lembrou que o interrogatório “constitui o exercício da autodefesa, onde o réu comparece perante o Poder Judiciário para apresentar sua versão dos fatos, contraditar os argumentos da acusação”.

’11 ou 12 vídeos’, disse Bolsonaro

Ao chegar ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira, Jair Bolsonaro disse a jornalistas que tinha a intenção de exibir “11 ou 12 vídeos curtinhos” de pronunciamentos que fez quando era presidente.

Segundo o ex-presidente, esses vídeos o ajudariam a provar que nunca houve tentativa de golpe.

O ex-presidente também disse que poderá “falar por horas” durante seu interrogatório se “puder ficar à vontade”. Do g1.

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