“Trabalho exaustivo de 7 meses sendo posto em risco”, diz SES sobre flexibilização em JP

De acordo com Geraldo Medeiros, a decisão contrapõe ao cenário epidemiológico atual da Capital, que apresenta um aumento gradual de ocupação dos leitos de UTI adulto

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, se posicionou contra as novas medidas de flexibilização anunciadas pela Prefeitura de João Pessoa na sexta-feira (30). A declaração foi feita pelo secretário na manhã deste sábado (31), em entrevista concedida ao jornalista Maurílio Júnior, em coluna para o portal de notícias Mais PB.

De acordo com o Geraldo Medeiros, a decisão contrapõe ao cenário epidemiológico atual da Capital, desconsiderando “o trabalho exaustivo de 7 meses sendo posto em risco e, o pior, pondo em risco a vida das pessoas”, alertando ainda, para o aumento gradual de ocupação dos leitos de UTI adulto e do número de casos confirmados.

“Estas atitudes se contrapõem ao cenário epidemiológico atual em João Pessoa, onde se observa um aumento gradual de ocupação dos leitos de UTI adulto e casos novos confirmados, além de refletir uma flexibilização atabalhoada sem obedecer a décima atualização do Plano Novo Normal, cuja bandeira amarela atual atingida por João Pessoa não permitiria aquelas aberturas”, disse o secretário ao jornalista Maurílio Júnior.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em boletim divulgado na sexta-feira (30), recomendou a suspensão das novas medidas de flexibilização, apontando a cidade de João Pessoa entre as setes capitais que apresentam sinais de “forte crescimento” de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) e de Covid-19.

Além da capital paraibana, são apresentados na lista desenvolvida pelos estudos da Fiocruz: Belém, Florianópolis, Fortaleza, Macapá, Salvador e São Luís, que já completam ao menos um mês com manutenção do sinal de crescimento na tendência de longo prazo em todas as semanas.