Das especulações sobre uma possível dificuldade financeira entre o governador Ricardo Coutinho (PSB) e um pretenso governo Michel Temer, tudo será igualmente normal. É o que o secretário de Estado da Comunicação Institucional Luís Tôrres afirmou, durante entrevista ao programa Rádio Verdade, da Arapuan FM, na tarde desta quinta-feira (5).
Muito se especula de que com Temer no poder, o presidente em questão dará ouvidos a adversários políticos do governador, como é o caso do deputado federal Manoel Júnior (PMDB), que poderia interferir nas relações e investimentos plenos à Paraíba.
Para Tôrres, a situação continuará difícil, pois a crise econômica já havia fechado as “torneiras” no governo vigente, da presidente Dilma Rousseff (PT). “Essa história de fechamento de torneiras, talvez o Estado nem sinta porque elas já estão fechadas agora. O governo está tocando o Estado com a força e com uma capacidade muito particular. Porque se for para fechar torneira, só se arrancarem a torneira. Nesse campo não haverá distinção entre Dilma e Temer. Não tem como ficar pior no campo do fluxo financeiro. Já está difícil com Dilma. A perspectiva é de melhoria na economia, de um modo geral. Dessa relação direta entre estado e União, essa relação não haverá diferença”, afirmou.
Mas ressalta que se houver qualquer interferência política de modo que prejudique a concessão de recursos à Paraíba, Ricardo deverá se impor.
“O que o governador certamente, com a postura que vocês conhecem não vai admitir e não deve tolerar é se houver perseguição. Se a coisa sair do campo da dificuldade econômica que nós temos hoje para ir para o campo e for para campos, outros modelos, outras relações de perseguição, inspirado por uma ou outra vontade desses adversários por aí, aí vocês vão ver que o governador levantará a voz, como levanta, para coibir, combater uma história dessa”, defendeu.
Ele ainda declarou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Federal (STF) Teori Zavascki faz com que o brasileiro deslumbre uma luz no fim do túnel quanto as negatividades da política no país.
“Acho que a história do afastamento de Cunha é um sinal para que pensemos que, mesmo de forma romântica, que poderemos acreditar em algo. Não dá para pensar em limpeza no Brasil e deixar o lixo na sala. É preciso fazer uma limpeza geral e ainda há outros cômodos da casa que ainda precisa de uma boa vassourada”, disse.