Tóquio se despede dos Jogos olímpicos e entrega bastão para Paris

Faltam 1.083 dias para as Olimpíadas de Paris 2024. A contagem regressiva começou neste domingo na Cerimônia de Encerramento dos Jogos de Tóquio. Sem público nas arquibancadas, mas em clima de festa com direito a um show de luzes e muita música, os japoneses celebraram o fim das Olimpíadas de Tóquio e fizeram a passagem de bastão para os franceses.

A chama olímpica foi apagada depois de 17 dias de disputas nas arenas de Tóquio marcando o fim das Olimpíadas. Para o Comitê Olímpico Internacional (COI) e para o Comitê Organizador dos Jogos, ter conseguido realizar as Olimpíadas em tempos de pandemia do coronavírus foi um desafio superado. Uma barreira que todos esperam que não se repita a caminho dos Jogos de Paris, em 2024.

Cerimônia de Encerramento das Olimpíadas — Foto: Alexander Hassenstein/Getty Images

Cerimônia de Encerramento das Olimpíadas — Foto: Alexander Hassenstein/Getty Images

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, entregou a bandeira do COI para Thomas Bach, presidente do COI, que passou o pavilhão para Anne Hidalgo, prefeita de Paris. Foi a simbólica passagem de bastão.

A cerimônia de encerramento acabou com uma chamada para as Paralimpíadas de Tóquio. A abertura dos Jogos Paralímpicos está programada para o dia 24 de agosto.

Estádio Olímpico de Tóquio — Foto: THOMAS PETER/Reuters

Estádio Olímpico de Tóquio — Foto: THOMAS PETER/Reuters

Tóquio se despede das Olimpíadas — Foto: Naomi Baker/Getty Images

Tóquio se despede das Olimpíadas — Foto: Naomi Baker/Getty Images

Show de luzes e música

Por causa da pandemia do coronavírus, o Japão teve de reduzir os custos das cerimônias de abertura e encerramento. Ainda assim, a festa deste domingo foi marcada por um show de luzes na formação dos aros olímpicos, simbolizando a energia de todos os torcedores que não puderam estar nas arquibancadas.

Muita música japonesa também transportou os atletas um pouco para perto da cidade de Tóquio que eles não puderam conhecer por causa da pandemia do coronavírus. Os participantes dos Jogos só podiam se deslocar entre as arenas e a Vila Olímpica.

Parada das nações

Como é de costume na Cerimônia de Encerramento, todos as bandeiras dos países entraram juntas no Estádio Olímpico. A ginasta campeã olímpica Rebeca Andrade foi a porta-bandeira do Brasil. Por causa da pandemia do coronavírus, 63 das 206 delegações não enviaram representantes, e suas bandeiras foram carregadas por voluntários.

– Estou muito feliz. Eu me sinto muito honrada. De tantos atletas, eu fui a escolhida. É um sonho estar aqui – disse Rebeca Andrade.

Rebeca Andrade — Foto: Divulgação COB

Rebeca Andrade — Foto: Divulgação COB

Brasil bem representado

Assim como na Cerimônia de Abertura, a participação do Brasil foi reduzida para evitar surto de coronavírus. Rebeca Andrade foi a porta-bandeira em reconhecimento às conquistas da ginasta, prata no individual geral e ouro no salto. Campeão no boxe, Hebert Conceição foi o representante masculino dos atletas do Brasil. Francisco Porath, técnico de Rebeca, representou os treinadores do Brasil.

Completaram a delegação brasileira a médica Ana Corte, o vice-chefe de missão Sebastian Pereira e Bira, funcionário mais antigo do COB.

Bandeira e hino do Japão

A bandeira do Japão entrou no Estádio Olímpico carregada por quatro atletas do país, um profissional da saúde e uma pessoa com deficiência que vai participar da Cerimônia de Abertura das Paralimpíadas. O hino do país foi cantado pelo grupo feminino Takarazuka Revue.

Pódios da maratona

Como já virou tradição, a cerimônia de pódio da maratona foi realizada dentro da festa de encerramento dos Jogos. Foi a primeira vez, porém, que a prova feminina da maratona também recebeu essa honraria, reforçando o conceito de igualdade de gêneros dos Jogos de Tóquio. O hino do Quênia tocou para Peres Jepchirchir e Eliud Kipchoge.

Do G1.