Tombini acredita que inflação de 2014 ficará abaixo da meta de 6,5%

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, mostrou otimismo em relação a taxa de inflação ainda em 2014, quando, mesmo sob pressão, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar abaixo do teto da meta de 6,5%.

“Esperamos um declíio da inflação acumulada que nos leve, em 2016, para o centro da meta de 4,5%. Cuidamos para que efeitos secundários não torne a inflação resistente e se propaguem nos preços”, ressaltou, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Sobre política fiscal, o presidente do Banco Central não quis fazer comentários sobre propostas dos novos colegas da equipe econômica, Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda, e Nelson Barbosa, no Planejamento. Entretanto, tentou mostrar confiança nas medidas que serão adotadas. Ele lembrou que a política monetária, que é do Banco Central, é independente, mas não deixa de ser complementar.

“Quero dizer, porém, que, quanto mais apertada a política fiscal, mas facilitada a política monetária. Temos uma conjuntura, que não é das mais benignas no cenário internacional. Devemos fortalecer a confiança tanto dos consumidores quanto dos empresários”, disse Tombini.

Ele voltou a citar o cenário internacional como um dos problemas para consolidação do crescimento brasileiro. Destacou as medidas adotadas pela Rússia, que subiu a taxa básica de juros do país de 10,5% para 17%, na tentativa de estabilizar o rubro. Segundo ele, a medida mostra a persistência da crise e, agora, os impactos da acentuada queda do preço do barril do petróleo, que atingiu várias moedas.

O presidente do BC destacou, ainda, a venda de ativos nos mercados emergentes. Para Tombini, quem tem colchões de liquidez, com reservas internacionais, como o Brasil, terá condições de buscar a estabilização monetária. “Por isso, é importante que se tenha um politica clara e ajustada para dar uma boa sinalização ao mercado”, acrescentou.

Durante a audiência, aprovados no concurso do Banco Central mostraram um cartaz no plenário perguntado quando tomariam posse. Bem humorado, o presidente da CAE, senador Lindberg Faria (PT-RJ), fez referência aos manifestantes, mas informou que o assunto deverá ser definido por Joaquim Levy, que assumirá o Ministério da Fazenda e terá de adotar medidas severas na área fiscal.

Da Agência Brasil