Taxa de desemprego no Brasil sobe para 12% e atinge 12,7 milhões de pessoas, diz IBGE

Taxa de desemprego no Brasil sobe para 12% e atinge 12,7 milhões de pessoas, diz IBGEO desemprego no país foi de 12%, em média, no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice subiu em relação ao trimestre anterior (11,7%) após duas quedas consecutivas. Na comparação com o mesmo período do ano passado (12,2%), o resultado foi considerado estável pelo instituto.

Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 12,7 milhões de pessoas. Isso representa alta de 2,6% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve estabilidade.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

“Com a entrada do mês de janeiro, houve um aumento da taxa de desocupação. É algo sazonal. É comum a taxa aumentar nessa época do ano por causa da diminuição da ocupação”, obseva Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Apesar da sazonalidade, Azeredo informou que o trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que os mesmos períodos de 2018 e 2017. “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados.”

Informalidade

O total de pessoas ocupadas (92,5 milhões) caiu 0,4% em relação ao trimestre anterior e cresceu 0,9% na comparação com o mesmo período de 2018.

A quantidade de empregados no setor privado sem carteira assinada caiu 2,8% em relação ao trimestre anterior, chegando a 11,3 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,9%.

A soma dos trabalhadores por conta própria cresceu 1,2% na comparação com o trimestre anterior, alcançando 23,9 milhões de pessoas.

Vagas com carteira e rendimento

O número de empregados com carteira de trabalho assinada (32,9 milhões) ficou estável. Segundo o IBGE, o rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 2.270 no trimestre terminado em janeiro, alta de 1,4% na comparação com o trimestre anterior e estável em relação ao mesmo período do ano passado.

Desalento

De acordo com o IBGE, o país registrou 4,7 milhões de pessoas em situação de desalento (que desistiram de procurar emprego) no trimestre encerrado em janeiro. O número ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas subiu 6,7% no confronto com o resultado de 2018.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade –e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Desemprego em 2018

O desemprego deu uma trégua no Brasil e fechou 2018 em queda, algo que não acontecia havia três anos. No ano passado, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, queda de 0,4 ponto percentual em relação à de 2017 (12,7%).

Metodologia da pesquisa

A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.