Menino não veste azul e menina não veste rosa. Na verdade, em Tambaba, no sul da Paraíba, ninguém veste nada. A praia de naturismo mais famosa do Brasil está em via de tornar-se uma vitrine internacional da prática, que, para além do nudismo, preconiza o cultivo da vida saudável e o retorno à natureza.

O espaço frequentado por turistas em trajes de banho deverá ser reincorporado ao terreno naturista, uma antiga reivindicação de adeptos. A mudança será possível graças a um decreto estadual que prevê a criação de uma Área de Especial Interesse Turístico e Ecológico para a prática do naturismo em Tambaba.

Atualmente, o acesso principal à área nudista passa pelo trecho ocupado pelos “têxteis”, apelido pelo qual são conhecidos por lá os banhistas que ainda resistem a abandonar sungas, maiôs e biquínis.

Quem já aderiu à filosofia naturista terá, aproximadamente, mais 300 metros de faixa de areia para curtir a praia nu, segundo Rose Barbosa, 61, presidente da Sonata (Sociedade Naturista de Tambaba). Ao todo, a faixa destinada à prática do naturismo alcançará 800 metros, destaca reportagem da Folha.

Os que ainda não se converteram à filosofia podem frequentar Tambaba, mas têm de ficar no seu espaço. Para evitar confusão, existe uma separação entre os banhistas. Uma passarela fechada por tapumes impede a visão do lado naturista, portanto quem estiver vestido não consegue bisbilhotar o lado dos pelados.

A tal passarela funciona como uma espécie de portal para outra galáxia, em que há regras próprias a seguir. Se a atravessarem, os visitantes terão de aderir ao “dress code”.

Logo serão informados pela equipe de monitores da Sonata (devidamente despidos, mas identificados com um colete verde) de que, a partir daquele ponto, só vai entrar quem tirar toda a roupa.

De acordo com o regulamento interno, não é permitida a entrada de homens desacompanhados de mulheres, mas há alguns que conseguem burlar a norma, adentrando o local seja pelo portão principal, seja pela mata.

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